Introdução: A criança recém-nascida é vulnerável por sua condição de dependência total dos cuidados advindos dos adultos, e tais ações exigem responsabilidade e dedicação, devido à sua complexidade. Nesse cenário, os enfermeiros desempenham um papel relevante, orientando e capacitando os pais e os familiares, envolvendo-os no processo saúde-doença e empoderando-os do saber necessário para cuidar de seu bebê. Objetivo: Identificar as práticas maternas frente aos problemas infantis mais comuns no primeiro mês de vida. Métodos: Estudo quantitativo, exploratório, descritivo, com análise de dados estatística descritiva. Integrante de pesquisa multicêntrica de avaliação do programa Rede Mãe Paranaense. Realizado por meio de entrevista com 52 puérperas, 30 dias após o parto, por telefone, em município do Oeste do Paraná. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer nº 2.053.304. Resultados: As puérperas foram orientadas sobre os cuidados com o bebê pela equipe de saúde da maternidade (86,54%) e nas consultas de puericultura (83,67%). Oito (15,38%) recém-nascidos necessitaram de atendimentos por serviços de urgência. Os problemas mais recorrentes foram cólicas (40,38%) e febre (7,69%), além de dermatites (40,38%). Dentre as puérperas, 30,77% afirmaram introduzir a chupeta, 25% afirmaram oferecer chás ao bebê, 36,54% reportaram o uso de pomadas preventivas de dermatite e 33,33% usaram medicamentos caseiros durante o banho para tratá-la. Conclusão: As puérperas são orientadas pelos profissionais de saúde no pós-parto e nas consultas de puericultura quanto aos cuidados com o recém-nascido, todavia, nota-se que há a continuidade dos cuidados maternos baseados em crenças disseminadas sobre o cuidado infantil, podendo ser influenciadas pelo contexto familiar e social a qual estão inseridas.