Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DOS ALARMES VENTILATÓRIOS DURANTE O PROCESSO DE DESMAME EM CIRURGIA CARDÍACA: IMPLICAÇÕES PARA A SEG
Relatoria:
Myllena Leal da Silva
Autores:
- kelly Cristina Freitas da Silva dos Santos
- Roberto Carlos Lyra Silva
- Alessandra lícia dos Santos de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Dissertação
Resumo:
A fadiga de alarmes ocorre quando um grande número de alarmes encobre aqueles clinicamente significativos, possibilitando que alarmes relevantes sejam desabilitados, silenciados ou ignorados pela equipe. O objeto de investigação deste estudo foi o tempo estímulo-resposta dos profissionais da equipe de um CTI aos alarmes do ventilador mecânico durante o desmame ventilatório. Foram objetivos desse estudo: descrever as variáveis ventilatórias do ventilador mecânico utilizadas pelos profissionais na terapia intensiva para monitorar o processo de desmame ventilatório; medir o tempo estímulo - resposta da equipe aos alarmes disparados pelo ventilador mecânico durante o processo de desmame ventilatório; identificar os critérios utilizados por eles para parametrizar os valores limítrofes dos alarmes das variáveis monitoradas; determinar o perfil do nível de pressão sonora na unidade/cenário do estudo. A abordagem utilizada no estudo foi quantitativa, com pesquisa descritiva observacional, tipo estudo de caso. O cenário foi a UTI de um Hospital Público Federal, especializado em Cardiologia, com capacidade de 170 leitos, localizado no município do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram os profissionais envolvidos na assistência ventilatória da unidade, dentre eles, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. A produção de dados deu-se a partir do instrumento de observação onde foi registrado os sinais de alarmes do ventilador mecânico, tipo de alarmes e o tempo estímulo-resposta da equipe aos alarmes ventilatórios. Durante as 50 horas de observação foram registrados 32 alarmes disparados pelo ventilador mecânico correspondente a 921segundos. 59% (n=19) foram atendidos pela equipe e 41%(n=13) foram sem resposta, considerando alarme fatigados. O maior tempo estímulo resposta registrado foi para o alarme de frequência respiratória alta e volume minuto baixo ambos com 42 segundos. Desses 59% (n=19) alarmes atendidos 63,1% (n=12) foram atendidos pelos fisioterapeutas, seguidos dos técnicos de enfermagem 26,3%(n=5) e enfermeiros 10,5%(n=2). Diante dos dados apresentados podemos acreditar que o fenômeno fadiga de alarmes de ventiladores mecânicos encontra-se presente no cenário estudado, porém com quantitativo menor se comparado a outros estudos realizados previamente.