Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
“PINTANDO A LOUCURA” OFICINA DE PINTURA EM UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DE SALVADOR - BA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Jakson Braz Alves
Autores:
- Filipe Celso Santos de Jesus
- Silane Lima Marques Prado Lima
- Jecica dos Santos Xavier
- Jaqueline Sales de Oliveira
- Gabriela Furlanetti de Pelegrini Freitas dos Anjos
- William Mendes Lobão
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O olhar em saúde vem se modificando constantemente desde a conferência de Alma Ata ocorrida no final da década de 80 no qual dispõe que o bem-estar de uma pessoa perpassa a esfera emocional, assim como social, política e espiritual. Nesse tocante, a saúde mental pode desprender-se de sua construção social voltada somente à clínica e ser de fato percebida como um contexto mais amplo com inúmeros algozes contra sua preservação. Objetivo: Relatar a experiência de estudantes de enfermagem de uma universidade pública da Bahia num hospital psiquiátrico. Metodologia: Utilizando minimamente tinta e papel de ofício branco, os(as) discentes propuseram a 15 pacientes da ala feminina de um hospital psiquiátrico que desenhassem livremente e que depois explicassem o desenho e o que motivou sua criatividade. Resultados: A devolutiva de cada paciente para a nossa equipe foi surpreendente. Cada pintura era única em sua extensão e contornos, até mesmo para aquelas que se compuseram de somente uma única tinta. Efeitos de cores fortes e até autorretratos inseriram-se nas produções. Para algumas, a pintura representava a maneira como se sentia dentro daquele espaço, para outras representava a maneira como enxergavam a vida fora e, para algumas, era simplesmente uma ação realizada, mas que conseguia captar sua atenção e concentração em meio às muitas condições que sua mente era alimentada contra a sua real vontade. Conclusão: Sendo uma imersão e reflexão angariada por todos, percebemos que modelo de atenção à saúde mental ainda é deverasmente escasso e incapaz melhorar e/ou preservar o quadro de "normalidade" que nossa sociedade doentia tanto cobra. É preciso se perceber que a polifarmácia utilizada no tratamento a esses indivíduos, possuem efeitos adversos que podem comprometer sua percepção da realidade e mantê-los presos à essa condição.