Introdução: O processo de hospitalização configura-se como um evento hostil para a criança, considerando as mudanças no cotidiano, as terapêuticas as quais a mesma é submetida e que podem resultar em dor e sofrimento psicológico. Para melhor compreensão acerca da hospitalização da criança e seus direitos, este estudo se apoia no Estatuto da Criança e do Adolescente como marco legal de direitos. Objetivos: Caracterizar os escolares internados na clínica de pediatria do Hospital Municipal de Rio das Ostras e Analisar as mudanças nos hábitos de vida ocorridas pela hospitalização sob a ótica de crianças internadas.. Metodologia: Pesquisa de abordagem qualitativa, tipo estudo exploratório, realizada durante os meses de maio à agosto de 2019, tendo como participantes 8 crianças nas faixas etárias de 6 à 12 anos hospitalizadas na enfermaria pediátrica de um hospital da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro. Os procedimentos metodológicos foram a caracterização das crianças e a entrevista não diretiva em grupo, intermediada por cartas ilustrativas. A análise dos dados deu-se através da análise temática.. Esse estudo foi aprovado pelo CEP (parecer 3.317.306) e não possui conflitos de interesse. Resultados: A partir da análise dos dados foram elencadas 3 principais unidades temáticas: “1 – A percepção da criança sobre o processo de hospitalização; 2 – A criança em sua rotina de casa; 3 – Os direitos da criança durante a hospitalização”. Conclusão: As crianças identificaram mudanças no seu cotidiano vivenciadas frente ao cenário hospitalar e o processo de internação. Foram destacadas as alterações da rotina de vida, a importância em respeitar as singularidades e os direitos da criança. Oferecendo a oportunidade da criança discutir sobre o processo de internação, a enfermagem pediátrica pode planejar o cuidado à esta faixa etária infantil.