As leishmanioses são causadas por diferentes espécies de protozoários digenéticos do gênero Leishmania e formam um complexo grupo de doenças. No estado do Amazonas já foram registradas seis espécies das sete já descritas na Amazônia Brasileira. A única espécie ainda não descrita para o Amazonas é a L.(V) lindenberg. Por isso é importante um estudo a respeito destas espécies menos frequentes na região de Manaus. O objetivo deste trabalho foi estudar os perfis clínicos e epidemiológicos dos pacientes que procuram a FMT-HVD para o diagnóstico e tratamento da LTA. O estudo foi realizado em pacientes atendidos no ambulatório de leishmaniose da FMT-HVD, com diagnóstico para leishmaniose confirmado pelo método de escarificação da borda da lesão. Após aceite e assinatura do Termo de consentimento livre e esclarecido, realizou-se uma entrevista clínica para coletar as informações necessárias para o estudo. Foram recrutados 84 pacientes elegíveis e realizado o exame clínico; 75 (90%) são do sexo masculino; a idade média foi de 39 anos; a maioria são procedentes das estradas, sendo 41 (49%) da BR 174 e 26 (31%) da AM 010. Quanto a características clínica da lesão foi observado que a maioria das lesões encontravam-se em áreas expostas como pernas em 33 (40%) pacientes e no antebraço em 15 pacientes (19%); 64 (77%) pacientes apresentavam lesão única, e o diâmetro da lesão 51 (61%) pacientes variou entre 1,1 cm a 3 cm; 37 pacientes (45%) apresentaram infecção secundária, leishmanides e linfonodomegalia após o uso do medicamento para o tratamento. Com base nos resultados obtidos, é possível compreender alguns aspectos clínicos e epidemiológicos da doença. O perfil clínico da LTA, seu predomínio é do sexo masculino das margens da BR 174 e AM 010, devido as atividades extrativistas. 64%(77) apresentavam lesão unica e a média é de 1,65 lesão por paciente.