Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL PSICOSSOCIAL DOS PACIENTES COM FERIDAS E RELATOS DE DOR
Relatoria:
CARLA PORTO BORBA
Autores:
- Gleyce Kelly de Brito Brasileiro Santos
- Clarissa Lima Franco
- Josimary Barbosa Santos
- Jonas Santana Pinto
- Fábia Regina dos Santos
- Maria do Carmo de Oliveira Ribeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: a dor é definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como sensação e experiência emocional desagradável associada à lesão tecidual, real ou potencial, ou descrita em termos desta lesão. Pode acometer pacientes com feridas apresentando problemas na cicatrização e estar relacionada a diversos fatores de causa biológica, emocional, psicossocial e até mesmo cultural. A necessidade de alguns procedimentos para melhorar a cicatrização contribui para uma resposta dolorosa, gerando uma experiência emocional e sensitiva desagradável que favorece a dor. OBJETIVO: apresentar o perfil psicossocial dos pacientes com relatos de dor atendidos em um ambulatório público de cicatrização de feridas complexas do estado de Sergipe. METODOLOGIA: estudo documental com abordagem descritiva baseado nos registros de dor constantes em prontuários de um ambulatório de cicatrização vinculado a uma instituição federal de ensino superior. Os aspectos éticos e legais foram respeitados, estando vinculada à pesquisa de caracterização clínica e tratamento de feridas em um hospital universitário. RESULTADOS: dos 72 pacientes atendidos no Ambulatório de Cicatrização, 33 relataram queixa de dor. Desses, 23 (70%) apresentaram dor localizada, 2 (6%) dor generalizada e 8 (24%) dor inespecífica. Dos 33 pacientes atendidos que manifestaram dor, 26 (79%) referiram manter o convívio social, 12 (36%) participavam do convívio com os amigos, 23 (70%) mencionaram serem católicos, 20 (61%) tinham comprometimento da auto estima, 15 (45%) manifestaram liberdade comprometida, 25 (76%) referiram dificuldade para dormir, 9 (27%) diminuição do apetite e somente 3 (9%) afirmaram fazer exercícios físicos. CONCLUSÃO: os achados sugerem que a dor é capaz de interferir na rotina pessoal e social do paciente com lesões. A atuação do enfermeiro é iminente em avaliar, acompanhar a evolução da cicatrização da ferida e conduzir o alívio da dor nos serviços de saúde, focando no conforto e bem-estar do indivíduo através de intervenções direcionadas aos diferentes tipos de dor, inclusive decorrentes das feridas crônicas.