INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica que impede o bombeamento de sangue em quantidades suficientes para atender as necessidades do organismo. OBJETIVO: Investigar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) dos portadores de IC frequentadores do ambulatório de um hospital universitário no interior do Paraná. MÉTODO: Estudo exploratório, descritivo e transversal envolvendo portadores de IC acompanhados ambulatorialmente. Utilizaram-se três instrumentos: um para caracterização sociodemográfica e clínica, construído e validado (face e conteúdo); e outros dois para avaliação da QVRS (o Medical Outcomes Study 36 – Item Short - Form Health Survey - SF-36) e o Minnesota Living With Heart Failure Questionnare - MLHFQ), ambos válidos e confiáveis, utilizados nas suas versões adaptadas para o Brasil. As entrevistas foram realizadas atendendo à Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Dentre os 26 portadores de IC atendidos no ambulatório do hospital em estudo, 14 (53,8%) mulheres, com idade média de 62 anos, média de 4 anos de estudo, variando de zero a 12 anos. Todos estavam em classe funcional I, segundo a New York Heart Association, possuindo, em média, 3 comorbidades fora a IC, variando de 2 a 7 morbidades, com destaque para hipertensão arterial sistêmica (88,5%). Foram internados alguma vez por complicação relacionada à IC, 85% deles; usavam de 2 a 12 tipos de medicamentos por dia, predominando os anti-hipertensivos (100%). O domínio do SF-36 com melhor avaliação para o estado geral de saúde foi Aspectos Sociais (77,5); e o pior, Aspectos Físicos (40), sendo que maiores valores indicam melhor estado geral de saúde. O domínio Emocional do MLHFQ obteve melhores pontuações do que o domínio Físico, com uma média de 5,5 e 20,7, respectivamente; com menores valores indicando melhor avaliação da qualidade de vida relacionada à insuficiência cardíaca e seus impactos na vida diária. CONCLUSÕES: Resultados obtidos pelo SF -36 e Minnesota demonstraram que o componente físico dos portadores de IC foram os mais acometidos. Acredita-se que esses dados possam subsidiar o atendimento aos portadores de IC, evitando hospitalizações. REFERÊNCIAS: SOUSA, M. M; OLIVEIRA, J. S; SOARES, M. J. G. O; BEZERRA, S. M. M. S; ARAÚJO, A. A; OLIVEIRA, S. H. S. Associação das condições sociais e clínicas a qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 38, n. 2, p. 1-8, 2017.