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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
O DESVELAR DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER ASSISTIDAS PELO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM FRONTEIRA
Relatoria:
Mariane Maiara Becker
Autores:
  • Marieta Fernandes Santos
  • Sheila Cristina Rocha Brischiliari
  • Jennifer da Silva Klippel
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma das portas de entrada para a rede de apoio no Sistema Único de Saúde, articuladas com as unidades básicas de saúde para oferecer proteção social às famílias, programas, serviços, projetos, com a finalidade de por meio da territorialização promover e prevenir os riscos sociais e vulnerabilidades. Objetivo: Identificar os fatores associados e as formas de violências mais comuns em mulheres atendidas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo de corte transversal, com mulheres de 15 a 49 anos completos, que tiveram pelo menos uma vez parceiros íntimos e, que frequentam as unidades do CRAS no município de Foz do Iguaçu – PR. Foram utilizadas questões do estudo multipaíses da Organização Mundial da Saúde (OMS). Resultados: Foram entrevistadas 500 mulheres das diferentes unidades do Centro de Referência de Assistência Social CRAS Oeste (Centro), CRAS Norte (Jardim Almada), CRAS Sul (Profilurb I), CRAS Leste (Morumbi II), CRAS Nordeste (Jardim Bandeirantes). Houve predominância da violência física (24,38%) e violência psicológica (22,18%) no CRAS Oeste e 30,34% das entrevistadas com presença de violência sexual pertencem ao CRAS Nordeste. Quanto às características predominantes das violências, destacam-se: violência física se deu por meio de alguma agressão, como tapa ou empurros no decorrer vida (82%); na violência sexual ‘ser forçada a manter relação sexual contra a sua vontade’ (74%) e ‘manter relação sexual por medo do que o parceiro faria em caso de recusa’ (65%); na violência psicológica presença de ‘insulto’ (88%), ‘humilhação’ (67%), entre outros. Ao serem inqueridas sobre se procurariam ajuda frente à violência, 39% afirmam que não procurariam nenhum tipo de ajuda em caso de violência. Conclusão: O estudo possibilitou reconhecer o perfil das usuárias do CRAS na tentativa de identificar a prevalência das violências e contribuir para o avanço das políticas públicas na prevenção, na diminuição da prevalência específica de violência por parceiro íntimo e, na melhoria do atendimento na rede de saúde pública e social do município de Foz do Iguaçu – PR.