A qualidade dos produtos de interesse a saúde deve ser garantida através destas atividades de vigilância, desde a fabricação e após a comercialização e uso, para que os princípios de promoção e prevenção em saúde sejam garantidos minimizando ao máximo riscos à saúde. Objetivo: traçar o perfil das notificações de eventos adversos e queixas técnicas referentes à produtos para saúde ocorridas entre janeiro a junho de 2019 em um hospital escola. Método: Estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, após a coletados dados, ocorreu a organização dos mesmos em um banco de dados eletrônico e para a análise dos dados, foi utilizado o cálculo da frequência absoluta (n) e relativa (%). Este estudo teve aprovação do Comitê de Ética, conforme a Resolução 466/2012 e parecer número 2.751.985 e CAAE 90600318.3.0000.0107, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE, respeitando as diretrizes da Resolução 466 de 2012. Resultados: foram um total de 84 notificações referentes a produtos para saúde, o mês que prevaleceram as notificações foi fevereiro correspondendo 33 (39,3%. Referente ao setor que mais notificou, a central de materiais esterilizados com 17 (20,2%) das notificações. Os produtos não invasivos prevaleceram com 76 (85,4%) das notificações. Conforme a classificação da ANVISA os produtos baixos risco e médio risco apresentaram 32 (36,0%) e 32 (36,0%) consecutivamente dos mais notificados. Das notificações 79 (94,0%) possuíam critérios para o desencadeamento de investigação e apenas 32 (36,0%) envolveram pacientes sendo que apenas 10 (31,25%) dessas notificações causaram evento adverso. Conclusão: os resultados desta pesquisa reforçam a importância da qualidade dos materiais utilizados na assistência hospitalar pois constituem importante indicador na epidemiologia dos eventos adversos, visto que implica na segurança do cuidado prestado ao paciente.