A assistência a gestante sobre o processo parturitivo é, por vezes, considerada fragmentada. Podendo, assim, comprometer o trabalho de parto. O objetivo desta pesquisa foi investigar as puérperas que receberam orientações acerca do parto no pré-natal e as condutas vivenciadas no processo parturitivo, no contexto das boas práticas obstétricas, a partir da visão das puérperas. Trata-se de estudo descritivo-transversal, abordagem quantitativa, realizado com puérperas no pós-parto imediato (até 48 horas) internadas no alojamento conjunto do Hospital das Clínicas de Pernambuco no período de maio a julho de 2017. Foi utilizado como instrumento para o estudo uma adaptação do questionário hospitalar-puérpera elaborado pela fundação Oswaldo Cruz. A análise dos dados ocorreu no formato descritivo após decodificação e inserção no banco de dados. Apenas 48,3% das puérperas receberam as oitos orientações referentes às boas práticas obstétricas no pré-natal, que não foram vivenciadas no processo parturitivo, sobretudo no aspecto do referenciamento e na conduta da equipe hospitalar. As condições socioeconômicas desfavoráveis apresentaram significância em relação às orientações do pré-natal. A assistência do pré-natal apresentou avaliação negativa, com presença de condutas não recomendadas no processo parturitivo na maternidade e falta de cumprimento das boas práticas obstétricas.