Ao se tratar de saúde masculina, temos em vista a complexa relação existente entre essa população e os serviços de atenção primária, pois, tradicionalmente o homem tem sua preocupação com a saúde voltada aos casos de doença já instalada ou casos emergências. Na Atenção Primária a Saúde percebe-se um distanciamento dessa população e a necessidade de medidas que os aproximem e embora a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH) tenha sido implementada devido ao preocupante quadro de morbimortalidade os resultados ao longo dos anos se apresentam de forma pouco satisfatória. Dessa forma há uma necessidade de análise do acesso para avaliar a organização da assistência prestada. O objetivo deste trabalho foi desvelar através de uma revisão bibliográfica o acesso de homens aos serviços de atenção primária. Utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica que consiste na procura de referências teóricas para análise do problema de pesquisa e a partir das referências publicadas fazer as contribuições cientificas ao assunto em questão. A pesquisa foi realizada do período de abril à outubro de 2018 para o levantamento dos artigos relacionados ao tema de acessibilidade do homem à atenção básica a saúde na literatura, onde realizou-se uma busca de textos das seguintes bases de dados: Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Ao final chegou-se a um quantitativo 17 artigos, que foram utilizados devido à maior aproximação com a temática escolhida, os quais foram tabelados e analisados. Os achados da pesquisa form divididos em três eixos temáticos: "Conhecendo o usuário masculino", "A organização e oferta de serviços" e "O vínculo com os profissionais". Conclui-se que A análise crítica das pesquisas sobre acessibilidade masculina possibilita levantar questionamentos e repensar as formas de atuação nos cuidados preventivos e de promoção à saúde. Dentre tantas barreiras que impulsionam dificuldades na relação do homem com os serviços, também encontramos caminhos possíveis que tem demonstrado sucesso na prática, e outros que atribuem uma necessidade mais ampla de envolvimento institucional e social para desconstruir estereótipos. A interação com a equipe pode ser percebida como um ponto chave de acessibilidade aos serviços de saúde da atenção primária, pois o profissional capacitado que conhece o usuário em suas especificidades e é capaz de instrui-lo, é a ponte para desenvolvimento da produção de saúde e cuidado ativo como agente protagonista.