Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
REPRESENTATIVIDADE DE CÉLULAS GLANDULARES NAS AMOSTRAS DE EXAMES CITOPATOLÓGICOS DO COLO DO ÚTERO
Relatoria:
Marcela Alves Azevedo
Autores:
- Talles Vinícius de Castro Oliveira
- Ana Paula Guimarães Ferreira
- Jonathan Mendes de Castro
- Karina Gonçalves de Souza
- Diego Azevedo Araújo
- Marilda de Abreu
- Wendel Jose Teixeira Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A recomendação para a realização do exame citopatológico de Papanicolau é até 60 ou 65 anos de idade, considerando a ausência de lesões cervicais percursoras nos últimos 10 anos. A qualidade do esfregaço no laudo do exame citopatológico foi inovada pelo Sistema Bethesda, valorizando a presença de sangue, processo inflamatório e artefatos de fixação como fatores relacionados à qualidade do material. A coleta ideal das amostras citopatológicas deve ser realizada na ectocérvice que é revestida pelo epitélio escamoso estratificado não queratinizado e da endocérvice que é revestida por epitélio colunar simples (células glandulares), buscando assim a presença de atipias. Objetivos: Descrever a representatividade das células glandulares das amostras coletadas dos exames citopatológicos realizados na cidade de Caratinga - MG no ano de 2018. Metodologia: Estudo transversal descritivo com delineamento de série temporal e utilização de dados secundários, do SISCAN/DATASUS, referentes ao número de exames citopatológicos coletados de mulheres de 25 a 64 anos de idade, no ano de 2018, na cidade de Caratinga - MG. Resultados: Em 2018 foram notificados 3.391 exames citopatológicos, sendo 3.377 amostras satisfatórias, estando presente, em todas elas, células do epitélio escamoso, com representação da ectocérvice. As células glandulares estiveram presentes em 1.360 totalizando 40,3% (IC 95% = 38,6 – 42,0) de representação da endocérvice. Conclusão: A representatividade das células glandulares nas amostras foi de 40,3% no ano de 2018, com maioria dos exames sem representatividade endocérvical. Tal fato pode atribuir-se a procedimentos técnicos de coleta incorretos ou insatisfatórios ou ainda a interpretação diagnóstica falha. Como consequência há uma possível existência de lesões glandulares não representadas nos esfregaços, levando a resultados falsos-negativos. A elevação de qualidades técnicas de coletas são imprescindíveis para que o rastreio de Câncer de Colo Uterino e doenças detectáveis em exames citopatológicos sejam diagnosticados e tratados em tempo oportuno. É necessário que haja treinamentos e padronizações de melhores técnicas de coletas e materiais , para que se facilite a visualização e acesso à endocérvice, também deve-se repetir a coleta sempre que necessário, para melhor diagnóstico. Para os laboratórios é necessário que haja métodos alternativos de controle interno e externo.