Introdução: Violência doméstica infanto-juvenil é um tema que surgiu através de observações sociais, sofrimento, desrespeito e frustações de muitas crianças e adolescentes com o mundo em que vivem, devido às inúmeras situações injustas e desagradáveis. Onde muitas dessas violências são cometidas por seus pais ou responsáveis, pessoas próximas a elas. Objetivo: Descrever as formas de abuso doméstico sofrida por menores de 12 anos, seus sinais, consequências e o modo de prevenção. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa sobre a violência doméstica contra crianças, através de fontes indexadas na base de dados MEDLINE, Lilacs e Bireme, utilizando os descritores violência doméstica, criança e adolescente. Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, publicações em português e recorte temporal entre 2010 e 2019. Resultados: A violência doméstica consiste no “uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outro indivíduo, ou um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”, associando a intencionalidade e o ato em si, independente do resultado gerado. O abuso e maus tratos de crianças incluem a agressão física, a negligência (ativa ou passiva), o abuso psicológico, sexual (inclusive o incesto), verbal e emocional. A forma mais comum, entre os muitos tipos, é a violência física. A negligência está presente somente nos casos em que o cuidador ou a família possuem recursos e, ainda assim, não os utilizam em proveito da criança. A exposição de menores a essas situações de abuso pode desencadear uma variedade de efeitos negativos para o desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social das vítimas. Cabe aos enfermeiros a detecção da violência doméstica contra a criança, e realizar intervenções adequadas frente à problemática, de forma integrada com os serviços disponíveis na comunidade Conclusão: A violência doméstica infantil demonstra que este tipo de abuso ainda não é muito notificado, e existem também muitas dificuldades envolvidas que precisam ser vencidas, para que assim possa haver um melhor enfrentamento desses graves maus-tratos.