Introdução. O papel do enfermeiro que atua com quimioterapia é analisar, minimizar e acompanhar os efeitos colaterais do tratamento antineoplásico, como o extravasamento de quimioterápicos. Este é ocasionado pela administração não intencional do agente quimioterápico no espaço perivascular ou no tecido subcutâneo, denominando-se toxicidade dermatológica local. Os antineoplásicos podem ser vesicantes ou irritantes, de acordo com o potencial agressivo para os vasos sanguíneos e tecidos adjacentes. São vesicantes quando, ao ocorrer o extravasamento, houver a formação de vesículas, destruição tecidual e, até mesmo, necrose. Os irritantes causam reação inflamatória local. Assim, este estudo justifica-se pela importância de garantir uma assistência de enfermagem que atue adequadamente na prevenção e tratamento do extravasamento de antineoplásicos. Objetivos. Analisar na literatura o conhecimento de enfermeiros do setor de quimioterapia sobre a assistência ao extravasamento de quimioterápicos antineoplásicos. Metodologia. Revisão bibliográfica de literatura realizada nas bases de dados SciELO e LILACS. Os critérios de inclusão foram: publicações nos últimos 10 anos, textos publicados em português e inglês, resultando no total de seis artigos. Resultados. Os artigos analisados evidenciaram que a maior parte dos enfermeiros atuantes na oncologia identificou corretamente a sintomatologia indicativa do extravasamento, como edema local e ausência de retorno venoso. Porém, sinais relacionados exclusivamente à rede venosa são desconhecidos ou negligenciados. Ademais, foram identificadas as principais medidas voltadas à prevenção, por exemplo, orientar o paciente sobre os sinais e sintomas do extravasamento e manter a área puncionada em observação constante durante o período de infusão. Evidenciou-se também, a importância do conhecimento científico de enfermeiros no caso de uma intervenção devido ao extravasamento, enfatizando a relevância referente ao uso de compressas quentes, em casos desse evento adverso por drogas como a Vincristina, onde esta técnica pode contribuir na redução de danos teciduais, causando a vasodilatação e contribuindo para a absorção da droga. Conclusão. A análise dos artigos resultou da necessidade de uma abordagem estratégica na integração de condutas resolutivas, que proporcione ações de educação permanente, promovendo assim, um perfil profissional crítico, reflexivo e, sobretudo, com autonomia nas decisões desenvolvidas.