Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
CÂNCER DE COLO UTERINO: LESÕES DE ALTO GRAU EM PACIENTES ATENDIDAS PELO SUS EM 2018, NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Relatoria:
Marcela Alves Azevedo
Autores:
- Talles Vinícius de Castro Oliveira
- Karina Gonçalves de Souza
- Jonathan Mendes de Castro
- Marilda de Abreu
- Diego Azevedo Araújo
- Ana Paula Guimarães Ferreira
- Wendel Jose Teixeira Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O câncer do colo de útero é a terceira causa mais comum de câncer entre as mulheres no Brasil, apesar de apresentar grande potencial de prevenção e cura quando diagnosticado e tratado precocemente. A forma mais eficaz de controlar esse tipo de tumor é diagnosticar e tratar as lesões precursoras (neoplasias intraepiteliais), e as lesões tumorais invasoras em seus estágios iniciais, quando alta taxa de cura é possível. As lesões cervicais precursoras apresentam-se em graus evolutivos, do ponto de vista cito-histopatológico, sendo classificadas como neoplasia intraepitelial cervical (NIC) de graus I (lesão de baixo grau), II e III (lesões de alto grau).O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que o exame citopatológico seja a estratégia de rastreamento prioritário em mulheres de 25 a 59 anos de idade. Objetivos: Descrever a prevalência de alterações celulares do colo do útero, classificadas com lesões de alto grau, em mulheres atendidas pelo SUS no ano de 2018, no estado de Minas Gerais. Metodologia: Estudo transversal descritivo, com utilização de dados secundários oriundos do SISCAN/DATASUS, referentes aos resultados de exames citopatológicos do colo uterino, positivos para lesãos de alto grau, no ano de 2018 no estado de Minas Gerais. Resultados: No período pesquisado foram realizados 1.050.550 exames pelo SUS, sendo 1.478 (0,14%) das amostras rejeitadas, 11.583 (1,10%) insatisfatórias e 1.037.489 (98%) satisfatórias. O diagnóstico de lesões de alto grau esteve presente em 3.302 (0,32%) amostras, IC = 95% (0,30 - 0,33). A maior prevalência das lesões epiteliais de alto grau ocorreu em mulheres na faixa etária de 30 a 39 anos n= 1.061 (32,1%), IC = 95% (30,5 - 33,8); em mulheres brancas n= 1.262 (38,2%), IC = 95% (36,6 a-39,9). Cconclusão: O estudo observou importante prevalência de lesões de alto grau com maior ocorrência entre mulheres brancas e nas faixas etárias entre 30 a 39 anos. Sabe-se que há diversos fatores envolvidos na etiologia do câncer de colo do útero, entretanto as infecções persistentes pelo HPV são as principais. O estudo reforça a importância da prevenção do câncer do colo do útero e o contínuo plano de ações estratégicas para rastreamento e enfrentamento da doença.