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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
ACESSO E RESOLUTIVIDADE ASSISTENCIAL NA REDE DE SERVIÇOS SAÚDE: DESAFIOS NA GESTÃO DO CUIDADO
Relatoria:
Jiennifer Souza de Oliveira
Autores:
  • MAYARA CRISTINA DE OLIVEIRA
  • ANDRESSA KRINDGES
  • DANIELA SAVI GEREMIA
  • JEANE BARROS DE SOUZA
  • MATEUS GUILHERME BOENO
  • RICHARD AUGUSTO THOMANN BECKERT
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O modelo assistencial de saúde brasileiro tem como porta de entrada preferencial a atenção primária, desenvolvida principalmente através da Estratégia Saúde da Família (ESF). A partir da implantação e cobertura populacional da ESF espera-se reduzir a sobrecarga e superlotação das urgências e emergências, entretanto, a ESF tem demonstrado importantes desafios na resolutividade do cuidado em saúde. Objetivos: Analisar os principais motivos de procura dos pacientes na urgência e emergência do pronto-socorro de um hospital no oeste de Santa Catarina que apresentaram situações de saúde sensíveis ao atendimento na atenção primária. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, realizada no Hospital Regional do Oeste (HRO) no município de Chapecó/SC, a coleta de dados foi realizada entre junho e agosto de 2019, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. O cálculo amostral foi de 90% de confiabilidade, foram selecionados no acolhimento os pacientes classificados de acordo com o Protocolo de Manchester nas cores azul e verde, sendo 56 e 92 respectivamente, ter 18 anos completos, ambos os sexos e residentes em Chapecó. Resultados: Os pacientes classificados nas cores azuis e verdes são oriundos dos diversos bairros do município, não caracterizando demanda de uma equipe de ESF específica. Os pacientes foram de ambos os sexos, sendo que 90% tinha entre 20 e 45 anos de idade, apenas 10% é portador de doenças crônicas, 85% não procurou a ESF, foi diretamente ao pronto-socorro, 14% vieram referenciados por outros serviços de saúde e 86% de demanda espontânea, 98% buscaram o serviço pela estrutura disponível e resolutividade nos exames e tratamento, os principais motivos de procura: cefaleia, dor no corpo (generalizada), para fazer exames, para conseguir atestado de trabalho, depressão, para sair com o tratamento e problema resolvido e não esperar mais de 30 dias por consulta na ESF. Conclusão: Os principais desafios são de organização dos fluxos assistenciais da rede de serviços de saúde, com empoderamento da população para que esta saiba quando procurar os diferentes tipos de serviços, qualificação da gestão clínica do cuidado na ESF, com acesso, acolhimento e escuta qualificada ampliando a resolutividade no atendimento e consequentemente reduzindo a sobrecarga das urgências e emergências.