Introdução: A Doença Arterial Periférica (DAP) é uma doença de natureza obstrutiva do lúmen arterial, que resulta no déficit do fluxo sanguíneo aos tecidos, cuja principal consequência é a presença de sinais e sintomas característicos de isquemia. Dentre as complicações do DM estão condições incapacitantes, como amputação de membros inferiores, devido às lesões neurológicas e vasculares. Neste contexto, o cuidado preventivo ao pé diabético envolve diferentes etapas, começando pela identificação da pessoa com o pé em risco, através de exame clínico detalhado, contemplando: avaliação estrutural, investigação de neuropatia e aferição dos pulsos distais, sendo esta importante para o cálculo do Índice Tornozelo Braquial (ITB), um exame complementar não-invasivo auxiliar no diagnóstico de doença arterial periférica (DAP). Objetivo: Rastrear e avaliar as evidências de neuropatia e de doença arterial periférica em pessoas com DM por meio de escores. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em um Programa de Promoção da Saúde para pessoas com Diabetes Mellitus da Universidade Federal do Amapá. Como critérios de inclusão adotou-se pessoas com Diabetes Mellitus do tipo 1 e do tipo 2 com diagnóstico clínico confirmado, com 18 anos ou mais, residentes de Macapá-AP e que aceitaram participar do estudo mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e como critérios de exclusão adotou-se pessoas com DM que apresentam outra comorbidade circulatória não relacionada ao DM. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa CEP/instituição filiada, cujo parecer consubstanciado emitido recebeu número 2.853.437 e CAEE 95595718.4.0000.0003. Resultados: Participaram do estudo 46 pessoas com idade média de 58,7 anos com desvio padrão de 11,99 anos, sendo 6 homens e 40 mulheres. 6,52% dos participantes apresentaram DAP (16,7% homens e 5% mulheres) com desvio padrão de 0,13 de acordo com o ITB <0,9 . O valor mínimo de ITB encontrado nos participantes foi de 0,82 e o máximo de 1,67. 4 pessoas obtiveram valor de ITB <0,9 somente do membro direito e 6 somente no membro esquerdo. Conclusão: O rastreamento precoce de DAP por meio de escores, visa em intervenções mais assertivas e no desenvolvimento de métodos que melhorem a qualidade de vida da pessoa com diabetes, afim de minimizar futuras complicações microvasculares.