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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS FRENTE AOS RISCOS OCUPACIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS
Relatoria:
Nicole Cavalcante dos Santos
Autores:
  • Marinna Maria de Andrade Costa
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução. O enfermeiro é responsável pela administração dos quimioterápicos antineoplásicos, agentes químicos, conforme a farmacocinética e o protocolo terapêutico. Os riscos advindos da manipulação e da administração de quimioterápicos envolvem a inalação de aerossóis, o contato direto do medicamento com a pele e a mucosa e o manuseio das excretas dos pacientes submetidos ao tratamento. Dessa forma, podendo ocorrer danos tardios (mutagenicidade e infertilidade) e danos imediatos (cefaleia e vômitos). Assim, durante a manipulação desses medicamentos é obrigatório que o profissional utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como também, seja capacitado sobre o risco potencial que está exposto e sobre as recomendações a serem seguidas, em todas as fases de contato aos agentes. Diante disso, este estudo justifica-se pela necessidade de um ambiente de trabalho com funções alicerçadas às normas de biossegurança. Objetivos. Analisar nas publicações o conhecimento da equipe de enfermagem frente aos riscos ocupacionais da administração de quimioterápicos. Metodologia. Revisão bibliográfica de literatura realizada nas bases de dados SciELO e LILACS. Os critérios de inclusão foram: publicações nos últimos 10 anos, textos publicados em português e inglês, resultando no total de oito artigos. Resultados. Os artigos analisados demonstraram que a exposição contínua aos antineoplásicos pode causar efeitos mutagênicos e teratogênicos. Essa exposição ocorre pela interação do trabalhador com substâncias químicas em salas que possuem pouca circulação, potencializadas pelo uso inadequado de EPIs. Diante disso, é evidente a necessidade da adesão aos EPIs, como o uso de máscaras com proteção de carvão ativado, da cabine de fluxo laminar e da monitorização biológica, assim como, os exames periódicos solicitados, com vista a promover condições e práticas seguras. Mas, evidenciou-se também, que a exposição ocupacional, muitas vezes, é subestimada pelos enfermeiros. Ademais, as atividades de prevenção desenvolvidas pelas instituições hospitalares não incluem efetivamente programas de vigilância epidemiológica das patologias ocasionadas pelo quimioterápico. Conclusão. A análise dos artigos resultou a necessidade de capacitação dos profissionais no que tange a educação permanente e a implementação significativa da monitorização epidemiológica. Concomitantemente, é imprescindível um maior estudo e discussão científica da temática.