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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
ACHADOS RADIOLÓGICOS EM PRIMEIRA MAMOGRAFIA, NO ESTADO DE MINAS GERAIS, NO PERÍODO DE 2014 A 2018
Relatoria:
Jonathan Mendes de Castro
Autores:
  • Talles Vinícius de Castro Oliveira
  • Marcela Alves Azevedo
  • Maria Luíza de Oliveira Fonseca
  • Enaile de Souza Proti
  • Diego Azevedo Araújo
  • Ana Paula Guimarães Ferreira
  • Wendel Jose Teixeira Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres brasileiras, representando um grande problema de saúde pública. Dentre os métodos de detecção precoce, a mamografia é considerada a mais eficaz porque detecta lesões iniciais, podendo reduzir cerca de 30% dos óbitos de câncer em mulheres com mais de 50 anos. É indicada para rastreio de mulheres assintomáticas, e para propedêutica diagnóstica . OBJETIVO: Descrever os achados radiológicos em primeira mamografia, no Estado de Minas Gerais, no período de 2014 a 2018. Metodologia: Estudo transversal descritivo, com delineamento de série temporal e utilização de dados secundários, referentes aos achados radiológicos de mamografia, realizadas pelo SUS no Estado de Minas Gerais, notificados pelo SISCAN/DATASUS no período de 2014 a 2018. RESULTADOS: No período foram realizados 1.551.102 mamografias, dos quais, 194.501 indivíduos 12,5% (IC=95% 12,5-12,6) o realizaram pela primeira vez. Desses, 99% (IC=95% 99,0-99,1) n=192.636 eram do sexo feminino; 47,2% (IC=95% 47,0-47,5) n=91.875 nas faixas etárias entre 50 e 69 anos; 11,6% (IC=95% 11,5-11,6) n=22.563 com risco elevado para câncer de mama, 19,4% (IC=95% 19,3-19,6) n=37.822 nunca tiveram as mamas examinadas por um profissional de saúde. A indicação clínica da maioria dos exames foi para rastreio 95,6% (IC=95% 95,6-95,7) n= 186.034. Os achados radiológicos foram: BIRADS 0 12,5% (IC=95% 12,3-12,6) n=24.261, BIRADS 1 38,0% (IC=95% 37,8-38,2) n=73.897, BIRADS 2 46,0% (IC=95% 45,8-46,2) n=89.516, BIRADS 3 2,6% (IC=95% 2,5-2,6) n=5.007, BIRADS 4 0,73% (IC=95% 0,69-0,77) n=1.422, BIRADS 5 0,18% (IC=95% 0,17-0,21) n=366, BIRADS 6 0,017%(IC=95% 0,012-0,023) n=32. Conclusão: Esse estudo demonstrou ocorrência importante de primeira mamografia nas faixas etárias entre 50 e 69 anos, o que demonstra o início tardio do rastreio, especialmente na população com risco elevado para câncer de mama e alta prevalência de indivíduos que nunca tiveram as mamas examinadas. Achados benignos foram os mais prevalentes, entretanto, o número de resultados suspeitos para câncer de mama apresentam ocorrência elevada, por se tratar de população que realizou o exame pela primeira vez. Se faz necessário melhorar a taxa de cobertura do exame, a partir da ampliação de sua oferta com garantia de acesso em tempo oportuno, conscientização da população alvo quanto a importância da realização do mesmo, bem como capacitação e e sensibilização das equipes de saúde.