Introdução: O desenvolvimento de novas tecnologias, o acesso a diversos métodos contraceptivos, a valorização de famílias menores, como também a expansão do mercado de trabalho para as mulheres, são fatores que contribuem para a postergação da gravidez e a diminuição no número de filhos. Por apresentarem mais riscos durante a gestação, surge a necessidade de estudos que possibilitem avaliar e prevenir os diversos riscos à saúde da mulher e do feto. Objetivo: Descrever o perfil obstétrico de gestantes com idade igual ou superior a 35 anos. Metodologia: Pesquisa quantitativa, descritiva, que envolveu 178 prontuários de recém-nascidos, filhos de mulheres com 35 anos ou mais, nascidos em 2017 em um hospital universitário de Curitiba. A coleta de dados ocorreu no período de março a maio/2019 por meio da busca ativa nos prontuários. Resultados: Prevaleceram mulheres entre 35 e 40 anos (75,8%), que tiveram partos a termo (80,9%), com o tipo gestação única (97,2%) e tipo de parto cesárea (59,6%). Dentre elas 98,3% realizaram o pré-natal. Sobre o uso de drogas/medicações no parto, 74,7% não utilizaram, e entre as 25,3% que utilizaram, as mais frequentes foram: indutores de parto (9,9%), antibióticos (5,8%), anti-hipertensivos (3,1%) e antirretrovirais (3,1%). Sobre o uso de analgesia, esta teve prevalência de 65,7%. A necessidade de corticoide no parto esteve presente em 15,7% dos casos. Conclusões: A partir destes dados podemos conhecer características importantes para a enfermagem que atua no cuidado/assistência materno-infantil, possibilitando a criação de planos/planejamento de cuidados específicos para essa população.