Introdução: No acompanhamento de pacientes com insuficiência cardíaca (IC) as equipes de saúde se deparam com diversos desafios no tratamento como: a não adesão ao tratamento, o desconhecimento do tratamento não farmacológico e o desconhecimento dos sinais e sintomas preditivos de possível descompensação, as quais representam causa frequente de hospitalização. Objetivo: relatar a vivência da atuação do enfermeiro no ambulatório de IC com foco na promoção da saúde e prevenção de agravos. Método: trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva, cujo cenário do estudo foi um ambulatório de especialidades destinado ao acompanhamento de pacientes cardiológicos, diagnosticados com IC. Resultados: O enfermeiro desempenha diversas funções neste ambulatório, com destaque na promoção do autocuidado apoiado, baseado na realização de orientações relacionadas à terapia farmacológica, alimentação, atividade física e hábitos de vida. Concomitantemente, o enfermeiro conta com a aplicação de um instrumento para mensuração da qualidade de vida que aborda dimensões gerais, dificuldades funcionais e aspectos emocionais, o que permite a análise da evolução do status funcional dos pacientes e orientá-los. Além disso, de modo a garantir a integralidade e a continuidade do cuidado, os enfermeiros contam com o apoio de uma equipe multiprofissional composta por fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos e psicólogos. Ainda, para garantir a efetividade do cuidado e o acompanhamento contínuo desses pacientes, o enfermeiro realiza a busca-fonada, a qual baseia-se no telefonema àqueles pacientes com absenteísmo nas consultas, que são realizadas na periodicidade semestral. Nesse contato, é solicitado ao paciente que retome ao tratamento multiprofissional pelo serviço e aborda a aderência ao tratamento. O controle de pacientes em seguimento é feito por meio de planilha eletrônica que é atualizada a cada consulta. Conclusão: A atuação dos enfermeiros no ambulatório de IC, é relevante e demonstra benefícios na qualidade de vida do paciente, na redução de readmissões hospitalares e adesão ao tratamento.