Introdução: O envelhecimento é um fenômeno mundial que tem ganhado relevância no Brasil. Em um passado não tão distante, tínhamos o predomínio de uma população jovem, entretanto nos dias atuais, observa-se um contingente cada vez maior de pessoas idosas. O envelhecimento pode ser compreendido como processo complexo e progressivo, podendo o idoso manter suas habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida com autonomia e independência, ou se tornar totalmente dependente de cuidados. E diante disso, por vezes, familiares tornam-se cuidadores e deparam-se com novas demandas e funções diárias, que podem causar uma sobrecarga nos diversos âmbitos da vida cotidiana. Na perspectiva de diminuir a sobrecarga dos cuidadores familiares de idosos, o centro de convivência direcionado aos idosos, configura-se como um meio alternativo de apoio. Objetivo: Analisar os benefícios proporcionados à familiares de idosos participantes de um centro de convivência. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa desenvolvido com 14 familiares de idosos frequentadores de um centro de convivência em um município no Noroeste Paranaense. Os dados foram coletados em janeiro de 2016 por meio de entrevistas, às quais foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo. O estudo foi desenvolvido em consonância com a legislação ética vigente e os sujeitos foram identificados com a letra “F”, referente ao termo “Familiar”, seguidos de algarismos arábicos, conforme a ordem de realização das entrevistas. Resultados: Verificou-se que o fato do idoso estar inserido em um serviço de atendimento diurno diminuiu a sobrecarga dos cuidadores proporcionando-lhes maior disponibilidade de tempo para realizarem outras atividades: Para mim, diminuiu a sobrecarga, foi muito bom, pois não é o dia inteiro que ele tem que passar comigo (F-6); Agora é bom, quando eu preciso ir ao mercado ou pagar as contas, não preciso me preocupar com ele, não saio preocupada e nem preciso sair tão correndo (F-3). A atenção ofertada pelo centro de convivência proporcionou a alguns familiares a realização do autocuidado: Agora tenho mais tempo para as minhas coisas e até faço caminhada (F-6). Conclusão: O ingresso do idoso nesta modalidade de atenção mudou os hábitos de vida dos familiares ao reduzir as demandas do cuidado e ao favorecer a adoção de hábitos de vida saudáveis, por meio do tempo disponível.