Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
SÍFILIS CONGÊNITA EM MENORES DE 1 ANO NA MACRORREGIÃO LESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS, NO PERÍODO DE 2014-2017
Relatoria:
Jonathan Mendes de Castro
Autores:
- Marilda de Abreu
- Karina Gonçalves de Souza
- Giane Alves Pereira Alcides
- Marcela Alves Azevedo
- Ana Paula Guimarães Ferreira
- Wendel Jose Teixeira Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sífilis é uma doença infecto-contagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, microorganismo gram-negativo de alta patogenicidade. Sua transmissão se dá por contato sexual, transfusão sanguínea, transplante de órgãos e ainda por via trasnplacentária. Quando resultante da transmissão vertical é conhecida como sífilis congênita, que se não tratada pode causar lesões irreversíveis como retardo mental, cegueira e surdez, assim como lesões ósseas e demais complicações podendo evoluir a óbito. Objetivos: Descrever a ocorrência da sífilis congênita em menores de 1 ano na macrorregião de saúde Leste do Estado de Minas Gerais no período de 2014 a 2017. Metodologia: Estudo transversal descritivo com delineamento de série temporal e utilização de dados secundários, do SINAN e SINASC/DATASUS, referentes ao número de casos confirmados de Sífilis Congênita em menores de 1 ano na macrorregião leste no Estado de Minas Gerais no período compreendido entre 2014 e 2017 e do número de nascidos vivos nesse mesmo período e local. Resultados: No período de 2014 a 2017 foram registrados um total de 560 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano, com prevalência de 0,7% (IC 95%= 0,7-0,8) dos nascidos vivos. Prevalência discretamente maior foi observada no sexo masculino n=256 50,5% (IC 95%=46,1-54,9); em pardos n=233 prevalência de 81,5% (IC 95%=76,4-85,7); e naqueles residentes da zona urbana n=469 com prevalência de 96,1% (IC 95%=93,9-97,6). 88,4% das mães tiveram acesso ao pré-natal. Houve registro de 8 óbitos após o parto, correspondendo a 1,4% do total, (IC 95%=0,7-2,9). Conclusão: A prevalência está dentro do esperado quando relacionado à prevalência nacional, vista em 0,68% no ano de 2016. Os casos de sífilis congênita em menores de 1 ano apresentaram aumento conforme os anos, tendo maior prevalência no ano de 2017 com 0,9%, evidenciando a doença como um problema de saúde pública. O aumento evidencia a necessidade de ampliar a implementação de políticas públicas adequadas a lidar com a doença. Com ações voltadas a educação em saúde, tanto para a população-alvo, quanto para as equipes e profissionais, maior qualificação e ampliação do aceso à assistência pré-natal, favorecendo diagnósticos e tratamentos adequados e em tempo oportuno.