INTRODUÇÃO: A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública em razão do aumento do risco de complicações obstétricas e perinatais para a mãe e/ou recém-nascido, além de favorecer o surgimento de problemas psicossociais relacionados à precocidade da maternidade e/ou paternidade. Nesse sentido, a assistência pré-natal deve incluir um conjunto de medidas de promoção de saúde e prevenção de doenças, além de diagnóstico e tratamento adequado de eventuais problemas que possam vir a ocorrer no período gravídico-puerperal. Ressalta-se que a realização de atividades educativas por parte dos profissionais de saúde responsáveis pelo acompanhamento pré-natal é uma das medidas estabelecidas pelo Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) do Ministério da Saúde. OBJETIVO: Conhecer as prevalências de atividades educativas durante o pré-natal de gestantes adolescentes em um município do Nordeste brasileiro. METODOLOGIA: Estudo quantitativo e transversal, com abordagem descritiva, realizado entre março e julho de 2018 com 126 puérperas adolescentes durante a internação hospitalar em uma maternidade de risco habitual em Lagarto, Sergipe, Brasil. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevista no pós-parto imediato. Na análise estatística foi utilizada a técnica univariada para obtenção da distribuição dos valores das frequências absoluta e relativa no IBM® SPSS v. 20.0. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe, com o seguinte Parecer: 2.553.774 e CAAE: 82426418.0.0000.5546. Os pesquisadores seguiram as diretrizes e normas regulamentadoras da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: A realização do pré-natal foi referida por 100% (n= 126) das entrevistadas e, em relação às atividades educativas, 81,7% (n= 103) foram orientadas sobre amamentação, 60,3% (n= 76) sobre os sinais de início do trabalho de parto, 51,6% (n= 65) sobre atividades para facilitar o parto, 48,4% (n= 61) sobre sinais que indicariam risco na gravidez e igualmente 48,4% (n= 61) sobre a maternidade de referência para o parto. CONCLUSÃO: Um número considerável de gestantes adolescentes do Nordeste brasileiro chegou à parturição com insuficiência de informações essenciais para o período gravídico-puerperal, sobretudo relacionadas aos sinais que indicariam risco na gravidez e sobre a maternidade de referência para o parto.