Introdução: O processo de trabalho do enfermeiro permeia as esferas gerenciais e assistenciais, as quais perpassam o ensino e a pesquisa, que estão diretamente ligados às práticas do cuidado, tornando-o, dessa forma, um gerenciador do cuidado (MONTEZELI; PERES; BERNARDINO, 2013). Objetivo: descrever as experiências vivenciadas enquanto residentes de um programa multidisciplinar e as suas implicações na prática profissional, com ênfase nos processos de gestão. Método: trata-se de um relato de experiência, do tipo descritivo, desenvolvido em um Hospital Universitário, privado e filantrópico da região noroeste de São Paulo. Resultados: A residência constitui-se de carga horária extensa, as quais abordam conteúdos teóricos e práticos. O enfermeiro na busca de uma especialização, tem como objetivo adquirir prática profissional e suprir possíveis demandas que foram pouco exploradas na graduação. Nesse sentido, no primeiro ano de residência, estes chegam aos setores focados em executar e aprimorar habilidade técnica para a prática clínica. Dessa forma, são treinados por enfermeiros assistenciais quanto à execução de procedimentos técnicos e operacionais. No entanto, ainda possuem uma visão limitada que restringe a compreensão dos processos gerenciais. Na transição para R2, após o aprimoramento técnico-procedimental, o residente assimila os processos de gestão, pois são treinados pelos enfermeiros executivos, que ocupam posição tática, e têm como função o gerenciamento do cuidado, gestão de pessoas e recursos materiais, como também de custos, focado no resultado da unidade. Ainda, dentro das atribuições do enfermeiro executivo, destacam-se: a análise de indicadores, elaboração de planos de ação, e aplicação de ferramentas para gestão por processos, que requer a capacitação contínua da equipe. Nessa metodologia, os residentes desenvolvem diversas competências como a tomada de decisão, liderança, aprimoramento do relacionamento interpessoal e comunicação. Conclusão: Durante o processo da residência, mediante as competências adquiridas, o enfermeiro residente é capaz de identificar demandas nas unidades assistenciais e contribuir com a elaboração de planos de ação, na busca da melhoria dos padrões de qualidade e segurança do paciente, visando um cuidado com excelência. Referências: MONTEZELI, J. H., PERES, A. M., BERNARDINO E. Competências gerenciais requeridas de enfermeiros em um pronto-socorro. Rev Pesqui Cuid Fund. 2013 jul-set; 5(3): 245-52.