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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES INFORMAIS DE CRIANÇAS COM MICROCEFALIA
Relatoria:
ALINE COSTA DE OLIVEIRA
Autores:
  • Layla Beatriz Melo de Oliveira
  • Daniel de Macedo Rocha
  • Lídya Tolstenko Nogueira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução: A microcefalia é uma malformação congênita que se caracteriza por perímetro cefálico menor do que o esperado para a idade e sexo, provocando ainda alterações cognitivas e motoras que variam de acordo com o grau do acometimento cerebral, sendo necessário uma estimulação precoce para estimular o desenvolvimento e aumentar as chances de prevenção ou atenuação das alterações durante os primeiros anos de vida. O cuidador familiar ocupa um papel relevante durante esse processo, pois permanecem a maior parte do tempo junto a criança, abdicando até mesmo de suas próprias necessidades. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos cuidadores informais de crianças com microcefalia. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal analítico desenvolvido em Teresina-PI, realizada entre os meses de março a abril de 2018 em um centro de reabilitação. O estudo teve como critérios de inclusão: cuidador informal com idade superior a 18 anos, ser familiar do paciente e participar efetivamente da rotina de cuidados, resultando em uma população de 65 participantes. Foram utilizados no estudo um questionário para investigar o perfil sociodemográfico e o instrumento Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey para avaliar a qualidade de vida. Na análise dos dados, utilizaram-se os testes estatísticos t de Student, ANOVA, U- Mann Whitney e Kruskal-Wallis. A pesquisa foi aprovada com o parecer nº 2.527.878. Resultados: Dos entrevistados, a maioria eram mulheres, com parentesco materno, possuindo média de idade de 30,2 anos (± 8,5 anos), com ensino médio completo, desempregadas, apresentando renda de 1 a 2 salários mínimos e tempo de cuidador entre 25 a 36 meses. Em relação a qualidade de vida, obteve maior média o domínio Capacidade Funcional (76,08 ±18,65) e menor média foi o de Vitalidade (54,00 ± 23,77). As associações entre as características sociodemográficas e os domínios de qualidade de vida foram significativas entre as variáveis Estado Civil e o domínio Dor (p=0,018), Escolaridade e os domínios Vitalidade (p=0,029) e Aspecto Emocional (p=0,046), e entre a Situação Laboral e Estado de Saúde Geral (p=0,031). Conclusão: A qualidade de vida apresentou prejuízos relacionadas a mudança de rotina e as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia, destacando-se a importância de abranger a saúde dos cuidadores dentro da assistência oferecida as crianças com necessidades especiais, contribuindo para o bem-estar de quem cuida e consequentemente dos que são cuidados.