Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÕES DE ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS SOBRE A IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO
Relatoria:
marcia christino macedo
Autores:
- Janne Mila Dócio Lima
- Gessica Linhares Melo
- Vinicius Alberto Barros Vieira
- Ana Kelly Alexandre Martins Soares
- Rodrigo Alexandre Teixeira
- Max Dembo Martins Esteves
- Vivian Rahmeier fietz
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética, Legislação e Trabalho
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Enfermagem possui em seu escopo a assistência à promoção, prevenção, recuperação e tratamento de doenças e agravos, como exemplo, a Lesão por Pressão (LP) conceituada como: dano localizado na pele e ou em tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo. É Considerada um marcador negativo da qualidade de assistência de enfermagem prestada, assim, preconiza-se a implantação de protocolo destinado a sua prevenção, que geralmente abrange cuidados como: mudança de decúbito a cada duas horas, aplicação da escala de Braden, hidratação da pele, proteção de proeminências ósseas, manutenção de lençóis limpos, secos e esticados, dentre outros. Objetivo: Relatar as percepções dos enfermeiros assistenciais sobre a implantação do protocolo de prevenção de LP. Metodologia: Relato de experiência de sete enfermeiros assistências lotados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), adulto, sobre a implantação de protocolo de prevenção de LP em um hospital universitário federal na região Centro Oeste. O percurso da elaboração compreendeu três etapas: descrição, de maneira individual, das percepções sobre a implantação do protocolo, leitura flutuante seguida de compilação dos apontamentos descritos e discussão sistematizada. Resultados: A assistência de enfermagem nesta UTI é planejada e executada, na maioria das vezes, somente por enfermeiros, logo, surgiram percepções e críticas por parte destes profissionais sobre a implantação do protocolo, este foi entendido, como imposição do gestor, pois, não houve diálogo prévio; alguns participantes não constataram mudanças significativas relacionadas a nova prática, contudo, houve queda na incidência de LP; além disso, enfatizaram carência de capacitação específica sobre o tratamento de LP, fato que gerou incongruências quanto à padronização de condutas. E por fim, ressaltaram sobrecarga de trabalho desencadeada pela insuficiência de recurso humano necessária para a execução de todas as etapas do protocolo. Conclusões: A implantação de protocolo de prevenção e tratamento da LP é uma potente ferramenta destinada a minimizar este agravo; entretanto, lacunas contribuem para a não realização desta prática. Desse modo, conclui-se que para obtenção do êxito deve-se haver real envolvimento entre a equipe da UTI e o gestor, além do, desenvolvimento de estratégias para diminuir a sobrecarga de trabalho e a implementação da educação permanente em saúde sobre esta temática.