Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
O CUIDADO PARA A CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS DE SAÚDE PELOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO DOMICILIAR DO PARANÁ
Relatoria:
VANESSA ROSSETTO
Autores:
- Rosa Maria Rodrigues
- Terezinha Aparecida Campos
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os avanços tecnológicos e a qualificação dos profissionais de saúde, nas últimas décadas, refletiram na transição epidemiológica da infância, com diminuição da mortalidade infantil. Em contraponto, houve crescimento das condições crônicas na infância, evidenciando-se Crianças com Necessidades Especiais de Saúde (CRIANES). Estas demandam cuidados diferenciados, que variam entre reabilitação psicomotora e social, dispositivos e tecnologias, fármacos e cuidados diferenciados - para alimentar-se, higienizar-se e vestir-se. Usualmente, recebem cuidados no domicílio sob acompanhamento da atenção primária ou de equipes especializadas por meio da atenção domiciliar. Objetivos: Conhecer e descrever o cuidado prestado às CRIANES nos serviços paranaenses de AD. Metodologia: Pesquisa quantitativa, do tipo estudo de casos múltiplos, descritiva e exploratória. A coleta de dados foi realizada por meio de aplicação de instrumento desenvolvido para a pesquisa, aos profissionais de todos os Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) do Paraná, por telefone e correio eletrônico, no período de outubro de 2016 a janeiro de 2017. A análise dos dados foi estatística descritiva. Os dados foram categorizados e organizados de acordo com o Plano de Ação 5W2H. Resultados:Em 2017, o Paraná tinha SAD credenciados em oito municípios: Cambé, Cascavel, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Santa Terezinha de Itaipú, Paranavaí e Palotina. Dentre as 35 crianças atendidas por esses serviços, 50% dos diagnósticos correspondem a causas perinatais e 91% delas são dependentes de alguma tecnologia. Os dispositivos mais presentes foram traqueostomia (60%) e gastrostomia (57,1%). Entre as práticas dos serviços observou-se que suas fragilidades relacionam-se principalmente à baixa utilização do projeto terapêutico singular e da contrarreferência à atenção primária. Como pontos fortes da AD2 destacou-se: alta hospitalar programada, encaminhamento organizado para o serviço de atenção domiciliar, efetiva avaliação de elegibilidade, preparo adequado do cuidador, transporte sanitário organizado, roteiro sistematizado para admissão, cuidado compartilhado com a atenção primária, acompanhamento sistematizado, orientação via telefone organizada, prontuário eletrônico e interligado, e fluxo específico na rede de urgência e emergência. Conclusão: Muitas práticas de sucesso são desenvolvidas, porém isoladamente nos municípios, sendo necessário aprimorá-las para dar robustez ao atendimento de CRIANES.