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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
CONFLITOS ÉTICOS DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES
Relatoria:
SARAH SOUSA SANTOS
Autores:
  • Liza Costa dos Santos
  • Polianna Costa Bortolon Melo
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética, Legislação e Trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Os transplantes de órgãos e tecidos existem no Brasil desde a década de 60 e são alternativas terapêuticas quando os tratamentos convencionais não são mais eficazes nos casos de doenças que levam a falência completa de um órgão ou tecido. Esses processos permeiam por aspectos éticos e legais tais como estabelecimentos de critérios seguros para determinação da morte encefálica, o consentimento prévio e esclarecimento à família do doador e receptor e, além disso, os conflitos éticos e morais que fazem parte da vivência dos profissionais de enfermagem como mediadores no processo de doação. Objetivo: Descrever os conflitos éticos vivenciados pelo enfermeiro no processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes a partir das evidências científicas. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão integrativa realizada nas bases eletrônicas BVS e SciELO a partir dos descritores transplantes de órgãos, bioética e enfermagem para publicações dos últimos 10 anos. Resultados: Os dilemas éticos que integram o processo de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes referem-se à compreensão acerca do diagnóstico de morte encefálica, o processo para manutenção dos órgãos viáveis e a recusa familiar. Em todas as etapas o profissional enfermeiro atua de modo a auxiliar o diagnóstico de ME, do acolhimento adequado do familiar a manter a hemodinâmica do doador, resultando assim no sucesso da doação do órgão. Por estabelecer um vínculo com a família e com o possível doador os profissionais estão propensos aos sentimentos de ansiedade, angústia e tristeza. Dessa forma, é fundamental que o profissional e os familiares compreendam o diagnóstico de ME, pois representa um estado clínico irreversível, diante disso, conflitos relacionados à finitude da vida e com a correlação entre corpo e espírito do doador, podem causar sofrimento. Ademais, diante de uma recusa familiar o mediador responsável pode sentir-se frustrado, o que é vivenciado quando há uma superestima em obter a positiva familiar. Conclusão: Tais conflitos podem trazer sofrimento ao profissional, levando-o por inúmeras vezes ao adoecimento biopsicológico. Logo, é imprescindível que no seu processo de trabalho o enfermeiro tenha a disposição serviços para expressar suas ações e reações, como psicólogo individualizado e espaço de compartilhamento de experiências, a fim de desempenhar suas funções na equipe de forma eficiente e eficaz sem que sua saúde seja comprometida.