LogoCofen
Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
TENDÊNCIA DE MORTALIDADE POR MIELOMA MÚLTIPLO NO BRASIL, 2002 a 2016
Relatoria:
NATÁDINA ALVES SOUZA CAMPOS
Autores:
  • Daniela Carneiro Sampaio
  • Sabrina Silva Souza
  • Ramona Garcia Souza Dominguez
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O câncer é um problema de saúde pública mundial, pois atinge grande parcela da população e causa danos muitas vezes irreparáveis. O mieloma múltiplo (MM) é uma neoplasia progressiva e incurável de células B, caracterizada pela proliferação desregulada e clonal de plasmócitos na medula óssea, sendo responsável por 1% de todas as mortes por câncer nos países ocidentais. Objetivo: Descrever a tendência de mortalidade por mieloma multiplo, entre 2002 e 2016, segundo região brasileira, sexo, grupo etário e raça/cor. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, utilizando dados secundários, disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade, no período de 2002 a 2016. A análise estatística foi realizada no programa Stata versão 12 e Excel. Resultados/ Discussão: No período de estudo ocorreram 30.178 óbitos por mieloma múltiplo, com taxas de 4.5 mortes/100 mil habitantes em 2002 e 6.2 mortes/100 mil habitantes em 2016 nos indivíduos com 50 anos ou mais. Também foi observada tendência crescente, estatisticamente significante, com maiores taxas entre os homens e, na faixa etária de 80 anos ou mais, para ambos os sexos, sendo 63% dos óbitos de indivíduos registrados como brancos na declaração de óbito. As regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de óbito, porém, o maior crescimento foi observado na região Nordeste com 0.18 mortes/ano. Considerações finais: Essa pesquisa contribuiu para ampliar o conhecimento sobre o padrão de mortalidade por miolema múltiplo no Brasil, traçando um perfil dos indivíduos mais cometidos por essa doença, ainda incurável. Esse fato chama a atenção para as práticas de cuidados paliativos, na perspectiva de garantir maior qualidade de vida aos indivíduos diagnosticados com doença grave e que ameaça a vida, assim como a necessidade de atenção às suas famílias, mesmo após a morte do doente. Considerando que os cuidados paliativos são emergentes no país e que o envelhecimento da população é um fator contribuinte para a patogênese da maioria dos cânceres, incluindo o mieloma múltiplo, o que contribui para o aumento da sua prevalência, deve-se atentar para a necessidade de formação dos profissionais e capacitação das equipes de saúde em cuidados paliativos.