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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
Incidência de Infarto Agudo do Miocárdio em adultos jovens e possíveis correlações com hábitos de vida
Relatoria:
Maurício Thiago Gonçalves de Almeida
Autores:
  • Francisca Milka da Costa Bezerra
  • Winnie da Silva Alves
  • Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é caracterizado como uma síndrome isquêmica miocárdica instável, sendo sua principal causa o deslocamento ou formação de uma placa aterosclerótica levando à diminuição ou ausência da perfusão do tecido cardíaco. Projeções para 2020 apontam as doenças cardiovasculares (DCV) como principal causa de mortalidade e incapacidade no público jovem. Objetivo: Discutir o aumento da incidência de casos de IAM em adultos jovens, correlacionando-o com hábitos de vida. Métodos: Trata-se de estudo descritivo, realizado em base secundária, no departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS), com dados de adultos entre 20 a 39 anos de idade, do estado de São Paulo, no período de junho de 2017 a junho de 2019. Foram analisadas as variáveis independentes como sexo, idade e raça. Resultados: Houve uma crescente quantidade de casos de jovens adultos com IAM entre 20 a 39 anos, no total de 2.197 casos, nos últimos 2 anos. A maior incidência foi no sexo masculino com 1.657 casos (75,42%). A raça branca foi a mais acometida, com 1.006 casos (45,78%). De acordo com os dados da Vigitel (2018) a frequência de jovens fumantes ativos >= 18 anos no estado de São Paulo foi 15,6% para os homens e 9,8% para as mulheres, em um total de 2.052 entrevistados. Em relação ao excesso de peso com IMC >= 25 kg/m2, 58% para o sexo masculino e 56,6% para o sexo feminino. Identifica-se uma transição de perfil epidemiológico. Hábitos alimentares e de vida, desde a infância são predisponentes a fatores de risco cardiovasculares, o que refletem em morbidades durante a vida adulta. O tabagismo, comum entre a faixa etária mais jovem, é fator de risco conhecido para IAM com supradesnivelamento de ST. Já com o avanço da idade, existe uma tendência para o IAM ser comum em ambos os sexos. O impacto ganha outra proporção quando confere-se o aumento de número de afastamentos e/ou aposentadorias em indivíduos em idade produtiva, impactando no fator econômico desta população. Conclusão: O aumento da incidência de IAM em adultos jovens serve de alerta para autoridades de saúde, para que a carga de doença não se consolide nessa população, gerando impacto negativo na vida adulta. O conhecimento dessa mudança de perfil epidemiológico é importante para que a equipe de saúde realize o adequado manejo terapêutico, na saúde básica, intermediária, assim como em unidades de terapias intensivas, que irão receber esses jovens adultos na fase agudo desses eventos.