Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DO CONFORTO DO CUIDADOR FAMILIAR DO PACIENTE COM CÂNCER
Relatoria:
Lara Adrianne Garcia Paiano Da Silva
Autores:
- Juliana Silva Azevedo
- Michele Schmitz
- Nen Nalú Alves das Mercês
- Silvia Francine Sartor
- Vagner José Lopes
- Francelaine Lopes Roberto
- Natalie Garcia Domingos
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O cuidado durante o tratamento oncológico é complexo e exige uma interatividade entre o paciente, o cuidador familiar e o enfermeiro (CRUZ; ROSSATO, 2015). A pessoa com câncer e o cuidador familiar participam, interagem e constroem processos de cuidados para o conforto apreendidos, com profissionais de saúde, bem como criam e recriam processos de cuidar visando o bem-estar e conforto entre si. Objetivo: Avaliar o conforto dos cuidadores familiares de pessoas com adoecimento por câncer. Metodologia: Estudo descritivo, com corte transversal e correlacional, realizado em um hospital paranaense com 42 cuidadores familiares que acompanhavam o paciente na Unidade de Internação de Quimioterapia de Alto Risco e Unidade Ambulatorial de Atendimento Hemato-oncológico, no período de dezembro de 2017 a junho de 2018. Para coleta de dados foi utilizado o Questionário de Avaliação do Conforto - General Comfort Questionnaire (GCQ) de Kolcaba e Fox (1999), validado no Brasil por Rezende et al (2005). Resultados: Na dimensão sociocultural, 85% relataram que o apoio das pessoas durante o tratamento do familiar foi o que os deixou mais confortáveis. Na dimensão ambiental, o maior nível de conforto foi com a boa higiene do paciente (97%) e o maior desconforto foi por não gostar do ambiente hospitalar (92%). Quanto a dimensão do conforto físico, 57% relataram estar com o corpo relaxado, 97%, tem medo de dormir, 88% não tem apetite, 71% tem dificuldade para descansar e 78% pensam no desconforto constantemente. Na dimensão psicoespiritual, 95% dos cuidadores familiares relataram que suas crenças traziam paz de espírito, que as enfermeiras traziam esperança (92%) e 100% acreditavam que Deus estava ajudando. Conclusão: Concluiu-se que os cuidadores familiares experimentavam situações de conforto e desconforto que influenciam em seu bem-estar, pois com o diagnóstico do câncer a família passa por mudanças, sejam elas psicológicas, sociais, físicas e/ou espirituais. Nesse sentido, ao serem identificadas as principais dimensões do conforto afetadas, o enfermeiro poderá definir e executar intervenções de enfermagem, de modo a promover medidas de conforto, imprescindíveis ao cuidado humanizado e de qualidade para o paciente e para o cuidador familiar.