Introdução: Nas últimas décadas observa-se um aumento da expectativa de vida e, resultante disso o envelhecimento populacional vem associado ao surgimento de incapacidades, repercutindo no aumento do número de idosos institucionalizados. Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever a experiência de docentes e discentes integrantes de um projeto de extensão e o impacto do vínculo e da afetividade como ferramenta de cuidado para os idosos institucionalizados. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido a partir do Projeto de Extensão EnvelheSER Saudável em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), a partir do desenvolvimento de atividades cognitivas, físicas, manuais, de embelezamento para promoção da autoestima, cinoterapia e atividades recreativas. As ações são realizadas semanalmente, desde novembro de 2017, por um grupo de discentes e docentes dos cursos de graduação em Enfermagem, Educação Física e Farmácia do Instituto Federal do Paraná, Campus Palmas. Resultados: O envelhecimento humano é permeado por situações como a perda da utilidade social, incapacidades funcionais, aposentadoria, doenças, degeneração física e mental, o sentimento de proximidade com a morte, todas estas questões que geram sentimentos negativos à pessoa idosa. Diante disso, nota-se o surgimento de quadros de tristeza, depressão e isolamento. A inserção das diferentes atividades propostas pelo projeto de maneira periódica e programada possibilitou a criação e o fortalecimento do vínculo entre os integrantes do projeto e os idosos, resultando em uma participação ativa e com maior envolvimento nas atividades, o que trouxe mais satisfação aos idosos. Observou-se ainda, a melhora da afetividade, menor índice de isolamento, bem como expressões de alegria diante da chegada dos integrantes do projeto para o desenvolvimento das atividades semanais. Conclusão: A corresponsabilização pelo cuidado do idoso tem melhorado significativamente o vínculo entre integrantes do projeto e idosos institucionalizados. Além disso, a convivência e a construção de uma relação de cuidado têm repercutido na melhora da afetividade dos idosos, o que repercute diretamente na qualidade de vida durante o processo de envelhecimento.