Introdução: Atualmente, o aumento da resistência aos antibióticos não é apenas uma crise médica, mas um problema científico, econômico, político e moral, representando um complexo problema de saúde pública para além do ambiente hospitalar. Neste sentido, a Atenção Domiciliar (AD), como modalidade de atenção à saúde, também está sujeita à circulação dos Microrganismos Multirresistentes (MMR). Infere-se que as Infecções Relacionadas à Assistência de Saúde (IRAS), ocasionadas por MMR afetam na qualidade de vida e aumentam o período de tratamento, tornando-o prolongado e oneroso ao sistema. Objetivo: Apresentar as práticas para controle de MMR recomendadas pelos órgãos reguladores em nível nacional e internacional, bem como sua aplicabilidade na AD. Metodologia: Revisão de literatura nos bancos e dados online, entre eles Magazine of the Harvard T.H. Chan School of Public Health, BIREME e publicações da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. Resultados: O Centers for Disease Control and Prevention, recomenda atualmente que em todos os estabelecimentos de saúde sejam adotadas práticas como: aumento da adesão à higiene das mãos, uso de precauções de contato, busca ativa de colonizados, avaliação contínua da incidência de infecção, controle de higiene ambiental e estratégias de comunicação. No Brasil, o Ministério da Saúde, lançou o Plano de Ação Nacional de Prevenção e Controle da Resistência aos Antimicrobianos, indicando medidas de uso racional de antimicrobianos, bem como vigilância e pesquisa. À nível estadual, por resolução, foram definidas estratégias para notificação e investigação, coleta de amostras biológicas e fluxo para instituição de precaução de contato. Conclusão: A preocupação com a disseminação dos MMR tem chamado a atenção de diversos órgãos e apesar de as estratégias não serem específicas para a AD, as mesmas precisam avançar também neste cenário, visto que esses pacientes transitam nos serviços da rede de saúde e podem constituir-se em fontes de disseminação.