Introdução: O sono restaura o equilíbrio do sistema nervoso central, atividade normal e conservação do metabolismo. Quando essa dinâmica está alterada ocorre impacto na qualidade de vida do indivíduo e família. A relação entre alterações patológicas do sono e as Doenças Neurodegenerativas Raras (DNRs), como Doença de Huntington (DH) e Ataxias Espinocerebelares (AEC), bem como sua possível utilização como marcadores precoces dessas doenças, apontam para diferentes marcadores somnológicos como a sonolência diurna excessiva, síndrome da apneia obstrutiva do sono e outros Objetivos: Avaliar a qualidade do sono e a presença de sonolência excessiva diurna, como também o risco para a síndrome da apneia obstrutiva do sono em um grupo de paciente clinicamente diagnosticados com DNRs e seus cuidadores de convívio diário, de forma a identificar a importância destes distúrbios nestes pacientes, e alertar o profissional da saúde sobre a necessidade de investigar, diagnosticar e tratar de forma correta estes sintomas Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo, exploratório. A população foi composta por pacientes clinicamente diagnosticados com DNRs e seus cuidadores residentes em Porto Velho – RO. Composição amostral não probabilística por conveniência, com sete participantes, através de visitas domiciliares, responderam aos questionários de Escala de Sonolência de Epworth (ESE),Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh(PSQI) e o Questionário de Berlim (QB). Resultados: Observou-se pelo questionário de PSQI que 57,1% se classificaram com sono ruim e 42,9% com presença de distúrbio de sono.De acordo com o ESE, 42,9% apresentaram sonolência excessiva diurna.Com relação ao QB, 85,7% apresentam alto risco para a SAOS. Conclusão: É relevante, portanto, uma maior atenção para a qualidade do sono e seus possíveis distúrbios, nesta população. Desse modo, sugere-se a continuidade de esforços investigativos como este, para que se obtenha volume de dados cada vez mais significativos sobre o tema.