Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CICATRIZANTE DO EXTRATO DE SYZYGIUM CUMINI EM LESÕES INDUZIDAS EM RATOS DIABÉTICOS
Relatoria:
Bruna Karla do Amaral
Autores:
- Camila Safranski Martins
- Tarcisio Vitor Augusto Lordani
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: As lesões cutâneas são vistas frequentemente em pacientes no âmbito hospitalar, bem como no domicilio. A Diabetes Mellitus (DM) é considerada uma desordem metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica, podendo prejudicar o tecido conjuntivo, em especial as fibras de colágeno e desta forma portadores da doença apresentam grande dificuldade na cicatrização. A Syzygium cumini (S. cumini), é uma árvore de frutos negros que pode apresentar um efeito favorável no tratamento de DM e em condições inflamatórias. Objetivos: Avaliar a atividade cicatrizante do extrato de S. cumini em lesões cutâneas induzidas em ratos diabéticos. Metodologia: É um estudo experimental, aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais. Foram utilizados 24 ratos Wistar. Foi administrado 60mg/kg de streptozotocina (STZ) pela via intraperitoneal nos animais a fim de induzir a DM. Duas lesões de 1cm² foram induzidas no dorso do animal. As lesões foram tratadas durante 10 dias. A primeira lesões foi tratada diariamente com 0,3 mL de Hidrogel contendo o extrato de S. cumini. A segunda lesão foi tratada diariamente com 0,3mL de gel base. A avaliação ocorreu no 4º, 7º e 10º dia de tratamento. A pele foi extraída para confecção de lâminas histológicas. A análise foi feita utilizando o programa Image Pro Plus para análise de imagem e o programa Graph Pad Prisma para análise estatística, onde foi utilizada a variância ANOVA one-way, os dados foram expressos em média, bem como média ± desvio padrão (p<0,05).Resultados: A STZ foi efetiva em alterar o padrão glicêmico dos animais, onde a glicemia se manteve desde as 24h pós indução até o dia da eutanásia acima de 400mg/dL, definindo um padrão glicêmico característico da DM tipo 1 não tratada. Perante a avaliação do processo de cicatrização, o extrato demonstrou uma aproximação das bordas (25%) superior à do grupo gel base (7,25%) ao 4º dia de tratamento, bem como um aumento da língua de reepitelização no 4º e 7º dia de tratamento, porém estas diferenças não apresentaram relevância estatística perante os testes aplicados. Conclusão: Sendo assim, o extrato de S. cumini apresenta uma possível alteração na cicatrização em lesões em ratos diabéticos, entretanto mais testes devem ser realizados para comparar diversas concentrações e diferentes veículos que possam auxiliar a elevar a eficácia e determinar assim o perfil fitoquímico desta planta para a obtenção de uma avaliação mais precisa do efeito da mesma.