O câncer é um problema de saúde pública mundial, pois atinge grande parcela da população e causa danos muitas vezes irreparáveis. Os Linfomas são um grupo heterogêneo de doenças linfoproliferativas do sistema imune, com um espectro clínico que varia entre indolentes e muito agressivos. São designadas como Doença ou Linfoma de Hodgkin (LH), caracterizado por possuir a célula de Reed-Sternberg e Linfoma não-Hodgkin (LNH). Objetivou-se descrever a tendência de mortalidade por linfoma, entre 2002 e 2016, segundo região brasileira, sexo, grupo etário e raça/cor. Trata-se de um estudo descritivo, utilizando dados secundários, disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade, no período de 2002 a 2016. A análise estatística foi realizada no programa Stata versão 12 e Excel. No período de estudo ocorreram 59351 óbitos por linfomas, com taxas de 1.51 mortes/100 mil habitantes em 2002 e 2.06 mortes/100 mil habitantes em 2016 nos indivíduos com 50 anos ou mais. Também foi observada tendência crescente, estatisticamente significante, com maiores taxas entre os homens e, na faixa etária de 60 a 79 anos, para ambos os sexos, sendo 65% dos óbitos de indivíduos registrados como brancos na declaração de óbito. As regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de óbito. Essa pesquisa contribuiu para ampliar o conhecimento sobre o padrão de mortalidade por linfomas no Brasil, traçando um perfil dos indivíduos mais acometidos por essa doença. Ademais, esses dados chamam a atenção para a importância da formação de profissionais de saúde na área de oncologia, a fim de atender a demanda de atendimentos nos serviços, considerando a sua importância epidemiológica.