Introdução: A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda e grave, que rapidamente evolui para o óbito, causada principalmente pela Neisseria Meningitidis, quando ocasiona inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso central denomina-se meningite e, em casos de evolução para sepse, meningococcemia. Assim, ao se instituir que o principal grupo causador da doença é o tipo C, a imunização por meio da vacina meningocócica C passou a ser considerada o principal mecanismo profilático para a doença, sendo, portanto, introduzida em 2010 ao calendário básico nacional. Objetivo: Avaliar o impacto da vacina meningocócica c conjugada em hospitalizações por meningite meningocócica em crianças menores de cinco anos de idade, no Brasil, no período de 2001 a 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, descritivo, combinando a descrição das séries temporais do período de 2001 a 2018. Os dados foram obtidos das bases de dados do SIH/SUS, de domínio público, divulgados pelo Ministério da Saúde do Brasil. Para análise do efeito de diferentes variáveis, utilizou-se múltiplos modelos de avaliações matemáticas. Considerou-se o nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: As hospitalizações relacionadas à doença meningocócica, em crianças menores de 5 anos, quando comparou-se os períodos pré e pós-vacinal, apresentou redução em todas as regiões brasileiras. Todos as regiões reduziram em mais de 50% as hospitalizações por meningite e meningococcemia no pós-vacinal. Roraima teve o melhor desempenho nacional em número de doses aplicadas da vacina. Conclusão: A vacina possui extrema importância para a prevenção da doença meningocócica, uma vez que houve expressiva redução no número de hospitalizações de crianças menores de cinco anos em todas as regiões do Brasil, após sua implementação. Assim, este estudo mostra-se relevante por poder contribuir de forma efetiva com a divulgação das estratégias de vacinação adotadas pelo Programa Nacional de Imunização no Brasil.