Introdução: A cognição engloba habilidades como pensar, sentir, raciocinar, lembrar, perceber e produzir respostas aos estímulos do mundo externo. O surgimento de comprometimentos cognitivos são inerentes ao processo normal de envelhecimento. A avaliação das perdas cognitivas se faz relevante para auxiliar no diagnóstico clínico de doenças demenciais. Objetivo: avaliar a presença de comprometimento cognitivo entre idosos institucionalizados. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, com dados coletados em dezembro de 2017. Os sujeitos da pesquisa foram idosos institucionalizados em um município do sudoeste do Paraná. Foram considerados como critérios de exclusão: idosos que não apresentavam condições cognitivas/mentais de responder ao questionário (3). Para avaliação da função cognitiva, foi aplicado o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e a análise foi feita a partir da tabulação dos dados no programa Microsoft Excel 2019. Esta pesquisa foi submetida ao CEP da Unochapecó e aprovada sob o parecer nº2.408.392. Resultados: participaram da pesquisa16 idosos de ambos os sexos, com idade entre 60 e 103 anos, residentes em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos de um município do sudoeste do Paraná. Os resultados apontaram déficit cognitivo 100% dos participantes da pesquisa, com pontuação média de 9,87 na avaliação do MEEM. O ponto de corte geral para identificação de comprometimento cognitivo entre idosos é 24. Ou seja, abaixo desta pontuação pressupõe-se que os idosos já apresentam comprometimento leve. Os dados encontrados neste estudo apontam que 43,75% dos participantes apresentam perda cognitiva grave (pontuação menor que 10), 50% apresentam perda moderada (pontuação de 10 a 15) e 6,25% apresentam perda leve (pontuação de 15 a 24). Cabe salientar que o nível de escolaridade tem relação com a pontuação alcançada por cada indivíduo, e que a maioria dos idosos participantes deste estudo apresentam baixa escolaridade. Conclusão: Nota-se que, entre os idosos institucionalizados, a presença de declínio cognitivo é comum e apresenta-se em níveis preocupantes. Essa situação pode justificar a institucionalização advinda das dificuldades da família oferecer cuidados e suporte ao idoso. Nesse sentido, é importante que as ILPI’s ofereçam atividades de estímulo cognitivo para evitar perdas precoces e para manter a funcionalidade mental dos idosos de forma mais ativa.