INTRODUÇÃO: O modelo assistencial de saúde no Brasil coordena sua demanda fundamentada num tripé envolto da universalidade, integralidade e equidade. Estes princípios prometem garantir os direitos essenciais, considerando determinantes subjetivos. O Ministério da Saúde, após uma série de movimentos sociais, reconheceu a desigualdade vivenciada pela população negra e desenvolveu a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), aprovada em 2007. Contudo, esse marco ainda não obteve visibilidade satisfatória, visto que se trata de uma política pouco conhecida. OBJETIVOS: Compreender a importância da implementação da PNSIPN no Sistema Único de Saúde (SUS). METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório com abordagem qualitativa, fundamentada em publicações nacionais entre o ano de 2014 a 2019. Embora a literatura expresse poucos conteúdos voltados para a referida temática, foram selecionadas 4 produções, disponibilizadas em base de dados como SciELO e Google Acadêmico, para constituírem o presente estudo. RESULTADOS: As políticas de promoção a saúde da população negra ascendem em virtude das iniquidades e vulnerabilidades vivenciadas pelos negros no cenário contemporâneo brasileiro por consequência do período colonial. A necessidade de um tratamento específico registra-se no surgimento precoce de enfermidades, na gravidade e progressão de doenças e nos altos índices de incapacitações e mortalidade. Atualmente, esse grupo é o mais afetado pelos agravos de saúde como a hipertensão arterial e a anemia falciforme, além de causas externas expressas pela violência doméstica e o homicídio. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, por reconhecer os fatores sociais como determinantes das condições de saúde, caracteriza-se como uma política pública de promoção de igualdade racial, afim de aumentar o acesso dos negros aos serviços de saúde e reduzir sua morbimortalidade. A PNSIPN visa uma articulação diferente entre o Estado e a população negra no SUS, na qual as especificidades desse grupo sejam consideradas e abordadas com equidade. CONCLUSÃO: A implementação da PNSIPN nas unidades de saúde é de suma importância por se tratar de uma população com características históricas que refletem disparidades em diversos aspectos atuais, especialmente na qualidade de vida. Faz-se necessário, portanto, divulgar essa política e reforçar as suas ações em todos os níveis de assistência.