Introdução: A hanseníase constitui-se de um agravo com um poder altamente incapacitante, principalmente se não for oportunamente diagnosticada, visto que o grau de incapacidade física está relacionado ao tempo de permanência da doença. Objetivo: Descrever a ocorrência de incapacidades físicas de casos novos de hanseníase no município de Londrina - PR no período de 2007 a 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Os dados foram coletados das Fichas de Notificação de hanseníase e processadas software Statistical Package for the Social Science, por frequência simples, tendo como referência os indicadores do Ministério da Saúde. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética CAAE: 38642514.3.0000.5231. Resultados: Durante os dez anos, foram identificados 468 casos novos notificados de hanseníase, sendo 286 (61%) com grau de incapacidade física I e 44 (9,4%) foram diagnosticados com grau II. A distribuição dos casos segundo os dados demográficos, demostraram que 56,2% foi do sexo masculino e a faixa etária maior de 15 anos, corresponde a 97,6%. A detecção ativa (exames de contatos e coletividade) apresentou 163 (34,8%) casos e a detecção passiva (encaminhamentos e demanda espontânea) 305 (65%). A forma clínica prevalente foi a multibacilar 50,6% seguido de 49,3% da forma paucibacilar. Conclusão: Nesse cenário de estudo, foi evidenciado um diagnóstico tardio desse agravo que sugerem passividade dos serviços de saúde na disseminação de estratégias de eliminação da doença, sendo assim, esse fato demonstra que há um grande desafio em reduzir a ocorrência de incapacidades físicas e impactos da hanseníase na comunidade.