Introdução: Os estudos que analisam as estatísticas de mortalidade possibilitam conhecer as condições de saúde de uma população, apontam os grupos de maior risco, possibilitam prever e planejar ações de saúde que impactam diretamente nas populações. As mortes por causas externas representam um dos mais relevantes problemas de saúde pública entre os países em desenvolvimento. Neste grupo estão as lesões provocadas no transporte, homicídios, agressões, quedas, afogamentos, envenenamentos, suicídios, queimaduras, lesões por deslizamento ou enchente e outras ocorrências provocadas por circunstâncias ambientais. Objetivo: Descrever a mortalidade por causas externas no Estado de Rondônia no período de 1999 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo de série temporal, com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). As causas específicas serão investigadas de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Foram selecionadas as informações sobre os óbitos no Estado de Rondônia referente aos anos de 1999 a 2016. Foram calculadas as taxas de mortalidade específicas, análise estratificada por sexo, idade, cidade e data de ocorrência. Resultados: No período estudado foram registrados no Estado de Rondônia 111.651 óbitos sendo 22,2% classificados como causas externas. O coeficiente médio de óbitos por esta causa no período foi 89,7 por 100.000 habitantes e desvio padrão de 6,5. A regressão linear apresentou um aumento anual nos óbitos por acidentes de trânsito de 2,1%, os óbitos por agressões tiveram um decréscimo anual de 1,98%, suicídios e outras causas externas permaneceram estacionárias. Homens com idade entre 20 e 39 anos foram caracterizados como o grupo mais vulnerável a óbitos por causas externas. Conclusão: Os resultados evidenciaram a necessidade de fortalecimento das ações preventivas entre homens jovens e, espera-se que os resultados obtidos nesta pesquisa possam orientar ou reorientar ações e políticas públicas de saúde visando reduzir a mortalidade no Estado de Rondônia.