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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
COMORBIDADES RELACIONADAS AO TABAGISMO EM HIPERTENSOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS NO PERÍODO DE 2003-2012
Relatoria:
WENDEL JOSE TEIXEIRA COSTA
Autores:
  • Jonathan Mendes de Castro
  • Marcela Alves Azevedo
  • Talles Vinícius de Castro Oliveira
  • Enaile de Souza Proti
  • Giane Alves Pereira Alcides
  • Luana de Cássia Pimentel
  • Jacqueline Souza Dutra Arruda
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Hipertensão arterial é definida quando a pressão sistólica é superior ou igual à 140 mmHg e a pressão diastólica é igual ou superior à 90 mmHg, fazendo com que o coração exerça maior esforço, sendo importante fator de risco para acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), doença renal crônica (DRC). Sua causa é na maioria dos casos hereditária, mas alguns hábitos de vida podem levar ao seu desenvolvimento. O tabagismo é uma doença crônica caracterizada pela dependência à nicotina, e representa também um fator de risco para o desenvolvimento de AVE e IAM. A relação da hipertensão com o tabagismo pode aumentar o risco do desenvolvimento de tais comorbidades. Objetivos: Descrever a ocorrência das comorbidades relacionadas ao tabagismo, em hipertensos, no Estado de Minas Gerais, no período de 2003 a 2012. Metodologia: Estudo transversal descritivo com delineamento de série temporal e utilização de dados secundários, oriundos do SisHiperdia/DATASUS, referentes à morbidade relacionada ao tabagismo em hipertensos, no Estado de Minas Gerais no período compreendido entre 2003 e 2012. Resultados: A amostra total foi de 862.127 hipertensos. Desses 168.811 eram tabagistas, com prevalência de 19,6% (IC 95%= 19,5-19,7). Observou-se maior ocorrência de tabagismo no sexo masculino n=82.180 com prevalência de 25,6% (IC 95%=25,5 - 25,8), RP = 1,60 (IC 95%= 1,59-1,61); nas faixas etárias entre 40 a 64 anos n=107.488 prevalência de 63,7% (IC 95%= 63,4-63,9). Entre os tabagistas, foram notificados 12.688 casos de IAM, com prevalência de 25,1% RP = 1,30 (IC 95%= 1,28-1,32); 12.347 casos de AVE, com prevalência de 25,3% RP= 1,31 (IC 95%= 1,29-1,33) e 14.654 casos de DRC com prevalência de 22,6% RP= 1,17 (IC 95%= 1,15-1,19). Conclusão: O estudo observou maior prevalência no sexo masculino e nas faixas etárias entre 40 a 64 anos. Quando correlacionado o tabagismo com desfechos de IAM, AVE e DRC, observou-se maior razão de prevalência desses desfechos entre os fumantes, indicando que prática do tabagismo por pessoas hipertensas aumenta o desenvolvimento de tais comorbidades. Faz-se necessário a implementação de políticas públicas de saúde para o enfrentamento de tal condição, tornando mais conhecido os fatores de risco e ampliando a facilidade e qualificação do atendimento a essa população. O rastreio precoce da condição de hipertensão, bem como o o combate ao hábito de fumar, se faz crucial na prevenção dos agravos AVE, IAM e DRC.