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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
GESTAÇÃO DE RISCO HABITUAL: O PROTAGONISMO DO ENFERMEIRO OBSTETRA EM UMA MATERNIDADE NO ESTADO DA PARAÍBA
Relatoria:
Selda Gomes de Sousa
Autores:
  • Alexandre Italo Silva Leite de Andrade
  • Andréa Correia Nobrega de Sá
  • Elivânia Carmen Dias da Silva
  • Jannayna Barbosa Leite
  • Júlia Maria da Silva Martins
  • Paulo Ricardo Rodrigues da Silva
  • Rosangela Guimarães de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: No Brasil, observa-se inegáveis avanços representados pelo Sistema Único de Saúde, evidenciando, desafios constantes para superar a fragmentação das ações e serviços de saúde. A discussão acerca das redes de tenção a saúde não são uma novidade, e a construção das Linhas de Cuidado é a imagem pensada para expressar os fluxos assistenciais seguros e garantidos ao usuário, a fim de atender às suas necessidades de saúde. Objetivo Geral: Apresentar a linha de cuidado de gestação de risco habitual (LCGRH) da Maternidade Frei Damião. Objetivos Específicos: exibir o número de óbitos e Razão de Mortalidade Materna no estado da Paraíba no triênio 2016/2018, apontar o papel do Enfermeiro Obstetra (EO) frente a LCGRH, e mostrar o quadro de metas de parto eutócitos realizados pelo EO. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência da implantação da LCGRH na Maternidade Frei Damião, João Pessoa-Paraíba; a pesquisa é do tipo descritiva e analítica de abordagem quantitativa e qualitativa. A LCGRH foi idealizada a partir de oficinas com os EO, ao tempo em que foi construído o fluxo do binômio. Esse processo foi idealizado no primeiro trimestre de 2019, e implantado no segundo trimestre. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob protocolo de nº 04616018.0.0000.5188. Resultados: Com a implantação da LCGRH, o EO protagoniza todas as ações, sendo este habilitado para conduzir um parto quando acontece de forma natural. Acerca do número de óbitos e Razão de Mortalidade Materna, ocorreram 117 óbitos, 55 dos óbitos ocorreram na II Macro, sendo 20 em João Pessoa e 15 em Campina Grande. Ocorrem óbitos em 66 dos 223 municípios. Acerca da faixa etária, 50 mulheres tinham entre 30 e 39 anos, 97 eram da raça/cor pardas. Em relação a escolaridade, 59 declaram como ignorada e 36 tem situação conjugal não informada. Segundo antecedentes obstétricos, 58 mulheres tinham de 1 a 3 gestações e 68 informaram que iniciaram o pré-natal durante o primeiro tremeste, e 41 mulheres tinham 7 e mais consultas, 77 mulheres foram a óbito no puerpério e 104 estavam ainda no hospital, 72 óbitos foram causas Obstétricas diretas e 14 foram de Eclâmpsias. Conclusão: A atuação do EO enquanto protagonista do cuidado frente a LCGRH tem amparo legal e ético, com real benefício à clientela. Ainda se evidenciou declínio da razão de mortalidade materna para o Estado da Paraíba no triênio.