A práxis da monitoria têm seu despertar na Inglaterra no século XVIII e chega aos países da América Latina no século XIX interpretada por atividades de mediação no processo de aprendizagem. No contexto brasileiro a monitoria acadêmica é regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases - Lei 9394/96 na qual exige do monitor habilidades, atitudes e saberes que favoreçam a qualidade de ensino oferecida aos alunos. As atribuições são fortalecidas pelo plano de estudo, aprimorando o pensamento crítico, científico e técnico do monitor. Por conta disso, esse estudo busca expor a percepção do aluno em relação à prática de monitoria acadêmica universitária e a influência desta no processo de formação profissional. Trata-se de um estudo qualitativo, com abordagem descritiva e retrospectiva, pautada nas experiências de acadêmicas em monitorias desenvolvidas no início do ano de 2016 a meados de 2019 nas disciplinas de Anatomia Humana, Fisiologia Humana e Enfermagem em Clínica Médico-Cirúrgica do curso de bacharelado e licenciatura em enfermagem da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. A fim de contribuir para uma discussão crítico-reflexiva, ocorreu também uma revisão de literatura sobre o tema. Durante as monitorias percebem-se alunos com características distintas relacionadas ao ensino-aprendizagem, além disso, há aqueles que buscam aprendizado e os que buscam apenas repostas, ou seja, aqueles que constroem o conhecimento e aqueles que somente reproduzem saberes pré-estabelecidos. Curso com carga horária integral exige adequação de horários para o desenvolvimento dessas atividades, incluindo horários estendidos ao final do dia e intervalos de refeições, o que pode justificar a média de procura de 30% dos acadêmicos. A monitoria contribui para o aperfeiçoamento de abordagens que facilitem o ensino-aprendizagem, a comunicação, o comportamento resolutivo, a resiliência, facilita maior interação professor-aluno, tomada de decisão e administração do tempo. Logo, configura-se como um princípio para o desenvolvimento de competências pedagógicas, por meio da construção de conhecimento e novas aptidões, possibilitada pelo aprimoramento de conteúdos e vivências, exigindo do monitor compreensão do processo ensino-aprendizagem e estudo constante para implementação das atividades teórico-práticas. Assim, o exercício da monitoria aperfeiçoa a formação do enfermeiro, na medida em que ensina e aprende, apropriando-se do “aprender a aprender e aprender a ensinar”.