Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAMENTO DA SÍFILIS EM MUNICÍPIOS NORDESTINOS
Relatoria:
TALITA ARAUJO DE SOUZA
Autores:
- Ewerton William Gomes Brito
- Gizileide Silva do Nascimento
- Tainara Lorena dos Santos Ferreira
- Giuliano Silva Pessoa
- André Luis Bonifácio de Carvalho
- Miranice Nunes dos Santos Crives
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde a sífilis atinge mais 12 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, em 2017, foram notificados cerca de 120 mil casos de sífilis adquirida, 49 mil casos de sífilis em gestantes e cerca de 24 mil casos de sífilis congênita. Este cenário epidêmico exigiu das autoridades públicas e sanitárias brasileiras o desenvolvimento e a implantação de ações estratégicas para o enfrentamento da doença. O Projeto de Resposta Rápida a Sífilis nas Redes de Atenção (Sífilis Não) se constitui como umas das ações estratégicas desenvolvida pelo Ministério da Saúde por meio do estabelecimento de convênio de cooperação técnica com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Organização Pan-Americana da Saúde. OBJETIVO: Analisar as estratégias de enfrentamento da sífilis inseridas nos instrumentos de gestão (Plano de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatório de Gestão) dos 23 municípios nordestinos classificados como prioritários para o projeto Sífilis Não. METODOLOGIA: Estudo exploratório, qualitativo, em que foi utilizada a análise documental como técnica de coleta de dados. Os instrumentos de gestão foram coletados eletronicamente no Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão – SARGSUS, organizados e classificados em pastas, em um drive virtual da plataforma Google® (Google Drive). A análise dos documentos ocorreu a partir da leitura sistemática de cada instrumento de gestão buscando identificar o planejamento, a programação e a execução de ações voltadas ao enfretamento da sífilis. RESULTADOS: Observou-se que as estratégias de enfrentamento da sífilis nos municípios contemplam ações voltadas para: qualificação da assistência laboratorial e do apoio diagnóstico, ampliando a testagem para a rede de atenção básica; implantação de protocolos de atenção à sífilis; monitoramento dos casos; a instituição com comitê de investigação da transmissão vertical do HIV e sífilis; e estruturação da linha de cuidado de sífilis, HIV, Aids e hepatites virais. Não foram identificadas estratégias de educação e comunicação em saúde e práticas voltadas ao controle social. CONCLUSÕES: Há divergências entre as ações planejadas (planos de saúde), programadas (programação anual de saúde) e executadas (relatórios de gestão), o que sugere que os instrumentos de gestão não estão sendo utilizados de acordo com seu propósito, ou seja, para avaliar, planejar e programar ações a partir de critérios epidemiológicos, estruturais e operacionais.