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Anais - 22º CBCENF

Resumo

Título:
EFEITOS TERATOGÊNICOS E MORFOLÓGICOS DO METILMERCÚRIO EM Physalaemus ephippifer (ANURA – LEPTODACTYLIDAE)
Relatoria:
Jhennifer Nycole Rocha da Silva
Autores:
  • Gabriella Oliveira Lima
  • Maria Luiza Cunha e Souza
  • Thiago Souza Santos
  • Ailin Castelo Branco
  • Adriana Costa Guimarães
  • Marcelo de Oliveira Bahia
  • Veronica Regina Lobato de Oliveira Bahia
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias, Pesquisa, Cuidado e Cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Mercúrio (Hg) é um metal que pode ser encontrado naturalmente no ambiente e por ação antropogênica sob duas formas, a inorgânica e a orgânica. Como contaminante ambiental a forma orgânica, o metilmercúrio (MeHg), apresenta altos níveis de toxicidade podendo ser biomagnificado e bioacumulável alcançando níveis elevados na cadeia trófica aquática. A contaminação humana se dá principalmente por ingestão de peixes contaminados levando a problemas visuais e motores decorrentes de alterações neurológicas. Estudos in vitro observaram que as células cerebelares são as mais sensíveis ao MeHg, e que altas dosagens desse contaminante causam um intenso dano mitocondrial, lise celular, resultando em morte celular por necrose, enquanto que a exposição a dose mais baixa, apesar de inicialmente não comprometer a viabilidade celular, mostrou como resultado um aumento de casos apoptose celular. In vivo, experimentos com ratos tem registrados além das alterações neurológicas aumento da teratogenicidade. Porém, as dúvidas se desvelam em buscar conhecimentos quanto aos efeitos das doses subcrônicas do MeHg. Portanto, a presente pesquisa tem por objetivo explorar os efeitos da exposição subcrônica do MeHg, in vivo, com modelo experimental aquático. A espécie estudada foi a larva de Physalaemus ephippifer (Amphibia – Anura). Os anfíbios são excelentes bioindicadores pois são sensíveis as alterações ambientais e por possuírem ciclo de vida duplo servem para monitorar tanto ambientes aquáticos como terrestres. As concentrações utilizadas foram de 0,007µg/ml, 0,004 µg/ml, 0,0007 µg/ml e 0,0004 µg/ml, e foram realizadas análises anatômicas, morfométricas e histológicas. Observou-se que as concentrações experimentais utilizadas provocaram alterações teratogênicas, má formação do aparato oral das larvas e a ausência de córneas em recém metamorfoseados. Nas análises histomorfológicas, as áreas do teto óptico e cerebelo, observaram-se uma massiva quantidade de neurônios com núcleos picnóticos, corpo neuronal comprimido, e com espaços extracelulares maiores, caracterizando células em apoptose. O presente trabalho fornece subsídios para a compreensão da ação das concentrações muito baixas de MeHg nas populações que convivem em ambientes em que este contaminante está presente como integrante do ecossistema.