Conforme o Relatório Mundial do Envelhecimento e Saúde, atualmente ao chegar a idades mais avançadas, as pessoas estão repensando o rumo do próprio envelhecer, buscando novas experiências para ressignificar a vida (OMS, 2015). Nesse sentido, buscou-se identificar as ações em saúde adotadas pelos idosos e o que influencia na sua adesão aos cuidados propostos para promoção da saúde. Para tanto, foi realizado estudo qualitativo, exploratório, descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo, sob Parecer nº 467.889. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas individuais com dez idosos adscritos a uma Estratégia de Saúde da Família, de município do interior do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, que aceitaram participar mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. O questionário elaborado continha cinco questões abertas sobre o comportamento em saúde dos participantes. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, modalidade temática (BARDIN, 2016). Dos idosos participantes mais da metade era do sexo feminino, situava- se na faixa etária de 60 a 69 anos de idade, com baixa escolaridade e renda mensal de um salário mínimo. Emergiram duas categorias: “ações em saúde” e “adesão aos cuidados e fatores influentes”. Na categoria “ações em saúde” foi possível observar que os idosos priorizam comportamentos de cuidados como manter-se ativos física e intelectualmente, prática de alimentação saudável, participação em trabalhos voluntários. Na categoria “adesão aos cuidados e fatores influentes”, os idosos expressaram que ao receber informações de um profissional de saúde nem sempre conseguem segui-las adequadamente em decorrência da dificuldade de compreensão da prescrição médica, tendo influencia a tomada de decisão com risco para saúde, o apoio da família, de amigos ou vizinhos. O saber dos profissionais da saúde como fonte primária na busca do cuidado é valorizado, mas a família, amigos e vizinhos emergiram como principal suporte na tomada de decisões em saúde. Este cenário se revela um desafio ao profissional enfermeiro quanto a gestão da equipe de saúde multidisciplinar. Ao nortear o planejamento de ações que auxiliem monitorar o idoso, este profissional possibilita uma atenção efetiva que atenda as demandas em saúde do idoso, contribuindo para sua qualidade de vida.