Introdução: O ressecamento ocular é uma condição advinda do aumento da evaporação lacrimal, considerado a condição que define o olho seco, principalmente, em pacientes críticos, e esse fenômeno está sob a responsabilidade da equipe de enfermagem. Objetivos: Identificar na literatura publicações acerca dos fatores de riscos e do conhecimento de enfermeiros acerca da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) em pacientes críticos com risco de ressecamento ocular. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados LILACS, SciELO e BDENF. Foram elencados quatro artigos completos, publicados entre 2015 a 2019. Resultados: Evidenciou-se que o conhecimento dos enfermeiros acerca da aplicação da SAE é insuficiente quando se pretende prevenir ou garantir assistência adequada ao paciente crítico, pois existe uma tendência de que os cuidados de enfermagem não contemplem cuidados oculares, e a ausência de protocolos padronizados agrava essa condição. Os estudos evidenciaram que o reflexo de piscar diminuído, a oxigenioterapia, o coma e as doenças vasculares são os principais fatores de risco para a ocorrência do ressecamento ocular. Conclusão: Os achados dessa revisão evidenciaram que o risco de ressecamento ocular é comum no ambiente intensivo. Existem avanços consideráveis neste campo, incluindo diagnóstico de enfermagem específico para esta alteração, no entanto muito ainda se deve caminhar para atingir um cuidado que contemple um olhar mais amplo no contexto de assistência aos pacientes críticos.