Anais - 22º CBCENF
Resumo
Título:
CONTRARREFERÊNCIAS DE UMA MATERNIDADE DE RISCO HABITUAL PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Relatoria:
Otilia Beatriz Maciel da Silva
Autores:
- Elizabeth Bernardino
- Denise Jorge Munhoz da Rocha
- Letícia Siniski
- Simone Aparecida Peruzzo
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A alta hospitalar pode ser um momento privilegiado para promover a continuidade do cuidado1. O Ministério da Saúde, instituiu na Portaria 3.390/2013, a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo as diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Estas diretrizes apresentam diferentes mecanismos que devem ser implementados para assegurar a integralidade do cuidado ao usuário. Dentre estas, destaca-se a alta hospitalar responsável2. Com o objetivo de cumprir os preceitos desta Portaria, uma das estratégias para a continuidade e integralidade do cuidado, foi a implantação da Unidade de Gestão de Alta em um complexo hospitalar universitário. Nesta unidade o Enfermeiro desenvolve o papel de “Enfermeiro de Ligação”, servindo como elo entre os diferentes pontos da Rede de Assistência à Saúde e contribuindo para a continuidade do cuidado. A enfermeira de ligação surgiu no Canadá (1960), com a finalidade de diminuir o tempo de internação dos pacientes3-4. No contexto brasileiro, é o profissional responsável pelas contrareferências (CR) dos pacientes para a Atenção Primária de Saúde (APS) e outros pontos da rede, contribuindo para a continuidade do cuidado. Objetivo: descrever o motivo das contrarreferências realizadas pela Unidade de Gestão de Alta de uma maternidade de risco habitual, vinculada ao complexo hospitalar universitário; do período de abril/18 a março/19. Método: pesquisa retrospectiva, descritiva, realizada por levantamento de dados em prontuários de pacientes. Resultados: Foram contrareferenciados 788 pacientes, representando 19,42% do total de 4056 internamentos do período, uma média mensal de 65,66 pacientes/mês. Há um Distrito Sanitário que se destaca em ter recebido o maior número de CR da maternidade (n.244; 31%). Dentre as necessidades para a continuidade do cuidado, destacam-se a consulta de puerpério e puericultura para a avaliação da eficácia dos tratamentos relacionados às infecções congênitas identificadas durante o internamento; orientações sobre planejamento familiar, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e acompanhamento dos bebês prematuros. Conclusão: Esta proposta fortalece os princípios de integralidade e continuidade do cuidado e promove a integração entre os diferentes pontos da rede de saúde.